A Rússia mantém uma ofensiva intensa contra a Ucrânia, realizando um bombardeio massivo. Entre a noite de 4 e 5 de outubro, pelo menos 500 drones e 52 mísseis foram lançados em direção à região oeste do país, com ênfase em infraestruturas essenciais para a população.
As autoridades ucranianas acusam Moscou de tentar cortar o fornecimento de gás, eletricidade e aquecimento, o que se torna especialmente preocupante com a chegada do inverno.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky informou que as forças russas lançaram mais de 50 mísseis e cerca de 500 drones contra o país. Ele ressaltou que esta ação tem como alvo principal a destruição das infraestruturas civis vitais, como as de gás e energia, e pediu mais sistemas de defesa antiaérea do Ocidente para proteger Kiev.
O saldo dos ataques é grave, com cinco pessoas mortas e danos significativos. A maior parte das vítimas foi registrada na região de Lviv, onde um parque industrial foi incendiado, apesar de as autoridades locais afirmarem que não havia objetivos militares ali. Em Zaporíjia, uma pessoa perdeu a vida e outras dez ficaram feridas.
Cortes no fornecimento de energia foram intensificados após danos a uma infraestrutura elétrica, afetando cerca de 73 mil residências, conforme informado pelo governador regional Ivan Fedorov. Outras localidades próximas à linha de frente no leste também sofreram ataques que provocaram ferimentos entre civis.
O Exército russo confirmou ter realizado um ataque de alta precisão que incluiu o disparo de mísseis hipersônicos contra empresas do complexo militar-industrial ucraniano e instalações de gás e energia essenciais para seu funcionamento.
A estatal ucraniana de energia, Naftogaz, foi duramente atingida dias antes, em 3 de outubro. O presidente do conselho da empresa, Serhiy Koretskyi, condenou o ataque contra infraestruturas civis, classificando-o como crime de guerra, e afirmou que os locais afetados não têm importância militar. Segundo ele, a estratégia russa visa privar os ucranianos de gás, luz e calor.
No ano anterior, metade da capacidade energética da Ucrânia já havia sido destruída pela Rússia. Com a aproximação do frio, milhões enfrentam o risco de um inverno sem aquecimento e eletricidade. As temperaturas em Lviv devem permanecer próximas a 12°C nesta semana.
De forma retaliativa, a Ucrânia intensificou ataques contra refinarias russas, mirando instalações estratégicas em território da Rússia, como uma recentemente atingida na região de Leningrado.