A Rússia alertou que dará uma resposta apropriada caso mísseis Tomahawk dos Estados Unidos sejam enviados para a Ucrânia. A declaração foi feita pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira (2/10), durante entrevista à imprensa. Ele ressaltou que o envio desta arma representaria uma séria escalada no conflito.
“Autoridades americanas discutiram recentemente a possibilidade de usar esses mísseis, inclusive em ataques dentro do território russo”, comentou Peskov. “Essa situação é preocupante e não passará despercebida em Moscou. Se isso ocorrer, será um avanço grave nas tensões, que exigirá uma resposta firme da parte russa”, acrescentou o porta-voz.
O pronunciamento surge após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ter se reunido com o líder dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU para tratar de cooperação e avanços militares entre os dois países.
Zelensky ainda sugeriu que Trump poderia usar a oferta dos mísseis como forma de pressionar Vladimir Putin para negociar um acordo de paz. Contudo, Peskov classificou essa postura como irresponsável, apontando que o líder ucraniano deseja prolongar o conflito alinhando-se com a Europa.
Autorização para ataques
O general Keith Kellog, representante especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, declarou em entrevista à Fox News que o presidente Donald Trump autorizou possíveis ataques de longo alcance contra a Rússia. A administração norte-americana avalia a entrega dos mísseis Tomahawk para essa finalidade.
“Parece claro, com base nas declarações do vice-presidente Vance e do secretário de Estado Rubio, que a resposta é afirmativa para a possibilidade dessas ações”, disse o general. “No entanto, a decisão final cabe ao presidente dos EUA”, completou.