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terça-feira, 04/11/2025




Rússia adverte que apoio financeiro ocidental à Ucrânia pode piorar o conflito

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O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, declarou nesta segunda-feira (3/11) que quanto mais fundos o Ocidente destinar à Ucrânia, maior será a área que a Rússia vai recuperar e mais sério será o resultado para o governo de Volodymyr Zelensky.

Em mensagens publicadas em seu canal no Telegram, Medvedev criticou duramente os oficiais ucranianos que receberam bilhões de dólares em financiamento internacional nos últimos anos, chamando-os de “palhaços sanguinários de Kiev”.

“Quanto mais o Ocidente gastar para apoiar a Ucrânia, mais terrível será o desfecho para o regime sanguinário e ridículo de Kiev”, afirmou o político russo.

Ele informou que mais de meio trilhão de euros (aproximadamente 576 bilhões de dólares) foram destinados à Ucrânia pela comunidade internacional, mas grande parte desse montante teria sido desviada pela elite política e militar do país. “Com esse dinheiro, uma Ucrânia nova, neutra e próspera poderia ter sido criada. Porém, isso não aconteceu”, disse Medvedev, descrevendo a guerra como um “conflito indireto” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra a Rússia.

O político fez uma comparação com a experiência americana no Afeganistão, onde os EUA gastaram 2,3 trilhões de dólares entre 2001 e 2021, mas acabaram entregando o controle novamente ao Talibã. Medvedev também mencionou a questão da retomada dos territórios russos.

“Tudo acontecerá do mesmo jeito. Nossos cidadãos e autoridades russas voltarão às suas terras natais dentro da Rússia”, acrescentou.

As declarações ocorrem em um momento de sinais de desgaste político e financeiro no bloco ocidental. Relatórios na Europa indicam que Bélgica, Itália e França resistem à ideia de transferir ativos russos congelados para a Ucrânia, enquanto nos Estados Unidos o Congresso atrasa a liberação de novos fundos militares.

O Kremlin defende que o envio de armas e recursos para a Ucrânia não busca a paz, mas sim prolongar o conflito e enfraquecer a Rússia. Recentemente, o Ministério da Defesa russo afirmou que suas tropas avançam em áreas estratégicas e interceptam centenas de drones e mísseis entregues pela aliança do Norte.

“A história não perdoa traição nem corrupção. O fim do regime de Kiev será tão sangrento quanto os crimes cometidos por ele”, enfatizou Medvedev.

Apesar do discurso firme, Moscou mantém uma postura ambígua, afirmando estar aberta a negociações, desde que a Ucrânia aceite a neutralidade e reconheça os territórios reintegrados à Rússia.




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