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quinta-feira, 13/11/2025




Rubio afirma que ações no Caribe e no Pacífico são para proteger os EUA

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O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que as operações militares norte-americanas no Caribe e no Oceano Pacífico, que resultaram em mais de 70 mortes, são realizadas para proteger seu país. Em entrevista após a cúpula do G7 no Canadá nesta quarta-feira (12/11), Rubio afirmou que o hemisfério norte enfrenta um ataque de narcoterroristas e frisou que a União Europeia (UE) não tem autoridade para definir o direito internacional.

“Não acredito que a União Europeia tenha o direito de determinar o que é direito internacional, e certamente não pode definir como os Estados Unidos defendem sua segurança nacional. Os Estados Unidos estão sob ataque de narcoterroristas que atuam no crime organizado em nosso hemisfério, e o presidente está respondendo para proteger o nosso país”, afirmou ele.

Essas declarações surgem em meio a críticas de países da UE e da Organização das Nações Unidas (ONU), que acusam os EUA de violar o direito internacional com as ações navais que causaram dezenas de mortes. Tais países defendem que o combate às drogas é uma questão de aplicação da lei e deve respeitar limites estritos quanto ao uso da força letal.

Rubio destacou que as operações no Caribe e no Pacífico visam impedir uma rota marítima de tráfico de drogas e que, se o governo de Maduro deixar de enviar embarcações com entorpecentes, as ações militares cessarão.

“Esta é uma ação antidrogas, ordenada pelo presidente para a defesa do nosso país. Continua em curso e pode ser suspensa amanhã se eles pararem de despachar barcos com drogas. O regime de Maduro é um regime narcoterrorista, denunciado pelo Distrito Sul dos EUA por narcoterrorismo, sendo também um facilitador para que esses grupos operem a partir do seu território nacional”, explicou Rubio.

O maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, chegou ao Comando Sul dos EUA, situado no Oceano Atlântico próximo da América Latina, no contexto do aumento de tensões com a Venezuela. Na entrevista, Rubio reiterou o argumento de que as ações são para proteção do hemisfério, mencionando ainda o narcotráfico.

“É curioso que muitos países que solicitam que enviemos e forneçamos, por exemplo, mísseis Tomahawk com capacidade nuclear para a defesa da Europa, se o posicionamento de um porta-aviões dos EUA no nosso hemisfério gera controvérsia”.

Desde agosto, os EUA realizam operações navais com navios de guerra cercando águas internacionais próximas à Venezuela, no Caribe, alegando a necessidade de combater o tráfico de drogas. Estes ataques são acompanhados pelo apoio de caças F-35 que vigiam a região. Mais de 70 pessoas foram mortas nestas ações, todas classificadas como narcoterroristas pelas autoridades norte-americanas. O argumento para impedir o tráfico internacional tem sido a justificativa oficial desde o início das operações, quando Maduro foi rotulado como líder do Cartel de Los Soles.




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