O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foi hospitalizado na tarde deste sábado, 22, por apresentar um problema no ritmo do coração chamado arritmia.
Ele deve passar por um procedimento chamado “ablação” nas próximas 48 horas para corrigir essa alteração no coração.
A notícia foi divulgada nas redes sociais oficiais de Caiado algumas horas depois que um vídeo em que o governador comenta a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrida na manhã do mesmo dia, foi publicado. No vídeo, Caiado afirmou que essa prisão é “um triste momento na política do país”.
Em sua mensagem no X (antigo Twitter), Caiado disse que essa situação é “uma tentativa de afetar sua dignidade ao máximo que um homem pode suportar”. Ele não respondeu às perguntas sobre um vídeo em que Bolsonaro admitiu ter usado “ferro de solda” para tentar remover sua tornozeleira eletrônica.
Segundo a nota divulgada no fim da tarde nas redes sociais, o governador recebeu atendimento, está estável, consciente e sendo monitorado constantemente.
O comunicado, assinado pela médica Ludmilla Hajjar, afirma que Caiado continua em observação, evoluindo bem, e ficará sob cuidado especializado até o procedimento. Atualmente, ele está internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
Governadores de direita criticam prisão de Bolsonaro mirando 2026
Visando as eleições de 2026 e o possível posto de líder da direita, governadores aliados de Bolsonaro expressaram rapidamente suas opiniões nas redes sociais após tornarem públicas as notícias da prisão do ex-presidente, que ocorreu por ordem da Polícia Federal e com autorização do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Além de Caiado, governadores como Tarcísio de Freitas (São Paulo, Republicanos), Ratinho Júnior (Paraná, PSD) e Romeu Zema (Minas Gerais, Novo), todos considerados possíveis candidatos à Presidência em 2026, criticaram a prisão, apontaram a falta de consideração do Judiciário quanto à saúde de Bolsonaro e demonstraram apoio ao ex-presidente.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que planeja disputar uma vaga no Senado no próximo ano, também criticou a decisão do ministro Moraes, chamando Bolsonaro de “um homem honesto”. Aliado do ex-presidente, Castro disse que “o país amanheceu triste” e que Bolsonaro merecia mais respeito.
Estadão Conteúdo
