O deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar (União Brasil), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi alvo de buscas nesta terça-feira (16/12), durante uma nova etapa da Operação Unha e Carne 2, conduzida pela Polícia Federal (PF). A investigação apura o vazamento de dados confidenciais que teriam beneficiado o Comando Vermelho (CV).
Nesta fase, o desembargador Macário Ramos Judice Neto, responsável pelo caso do Thiago Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, no TRF-2, foi detido.
Quanto a Bacellar, ele foi submetido a busca e apreensão. Ele já havia sido preso na fase inicial da Operação Unha e Carne e posteriormente, colocado em liberdade pelo plenário da Alerj, passando a responder às acusações usando tornozeleira eletrônica.
Na fase inicial das investigações, ficou evidenciado que Bacellar teve acesso a informações internas da operação e as repassou a terceiros. Supõe-se que esse vazamento tenha prejudicado o andamento das investigações que relacionam líderes do Comando Vermelho a agentes políticos.
Histórico
Formado em Direito, Bacellar já foi secretário de Estado no governo do Rio de Janeiro e foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2018, pelo partido Solidariedade, com 26.135 votos.
Em 2022, ampliou sua votação para 97.822 votos e conquistou o segundo mandato na Alerj, desta vez representando o PL.
Em 2025, Bacellar foi eleito presidente da Alerj por unanimidade, firmando-se como uma das principais lideranças do parlamento estadual.
Ele é o segundo presidente da Alerj a ser preso durante o mandato. Anteriormente, em 2017, o Jorge Picciani foi detido na Operação Cadeia Velha.

