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segunda-feira, 25/11/2024
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Rodoviários criam grupo com a polícia para sinalizar assaltos a coletivos

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Formal ou informalmente, diversos batalhões da PM adotaram a prática de se corresponder por WhatsApp com a população

“Com o WhatsApp, se há um suspeito, vamos avisando e passando as características. Às vezes, outro colega que está no grupo até liga para a polícia para reforçar a denúncia”, afirma Manuel de Oliveira Gonçalves, cobrador
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Redes sociais como o WhatsApp têm ajudado no combate à criminalidade. Alvo de criminosos, rodoviários de Samambaia se organizaram e criaram um grupo com o batalhão local da Polícia Militar. Eles usam o espaço virtual, chamado de SOS 11º Batalhão, para informar sobre a presença de suspeitos em ônibus. Na última sexta-feira, com a ajuda do aplicativo, militares prenderam três adolescentes armados com facas que tentavam subir em um coletivo.

Samambaia é a cidade com maior índice de roubo a ônibus do DF. Segundo balanço do programa do GDF Viva Brasília, até fevereiro, houve 108 casos, mais de um por dia. Em 2017, a média diária foi de mais de dois assaltos por dia. O motorista Dimas Fernandes, 31 anos, sente-se mais seguro com o grupo de WhatsApp. “Pode ajudar. Fui assaltado cinco vezes. A última, há dois meses. A gente fica com medo. Eles apontam uma arma pra você e mandam não olhar. Há colegas, que, em outras viagens, depois do roubo, até reconheceram o assaltante no ônibus novamente”, relata.

“Com o WhatsApp, se há um suspeito, vamos avisando e passando as características. Às vezes, outro colega que está no grupo até liga para a polícia para reforçar a denúncia”, comenta o cobrador Manuel de Oliveira Gonçalves, 42. Ele sofreu duas tentativas de assalto e dois roubos. “Sabendo que existe o grupo, os assaltantes até podem pensar duas vezes antes de fazer um assalto. Alguém pode denunciá-los. Entendi que o importante é estarmos conectados com o batalhão”, afirma.

Formal ou informalmente, diversos batalhões da PM adotaram a prática de se corresponder por WhatsApp com a população. Quem conta é o porta-voz da corporação, major Michello Bueno. Segundo ele, normalmente, há um policial destacado para filtrar as mensagens e direcionar equipes. Com essa orientação, as rondas ficam mais eficientes. Segundo ele, a estratégia é usada com moradores do Lago Sul, Lago Norte, Taquari e área rural de Brazlândia.

Eficiência

Assessora especial da Secretaria de Segurança Pública, Nélia Vieira explica que, para a gestão comunitária de segurança acontecer, é preciso fortalecer os conselhos comunitários. O plano do GDF é incluir essas organizações no Portal do Voluntariado. Dessa forma, os presidentes desses grupos terão acesso a um e-mail institucional, e todos os moradores de uma região administrativa poderão acompanhar as datas dos encontros, as pautas e as sugestões de cada localidade. “Uma área rural não tem as mesmas necessidades de uma região urbana. Esse planejamento é mais eficiente com a comunidade”, destaca Nélia.

O subsecretário de Gestão de Informação da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, Marcelo Durante, destaca que a gestão comunitária é sinônimo de economia e eficiência. “A ação policial é limitada. Se você usa a estatística criminal e coloca o policial em uma localidade, o criminoso vai migrar para outra. Mas, quando a sociedade atua, é diferente. Nesses casos, os moradores passam a ter controle sobre o próprio ambiente”, detalha Marcelo. (LC)

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