O Rio de Janeiro continua apresentando um número elevado de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com maior impacto em crianças entre 1 e 5 anos e idosos. Conforme informado pela Secretaria de Estado de Saúde, esse cenário ressalta a necessidade da vacinação e da adoção de medidas básicas de prevenção.
Mário Sergio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, destaca: “Estamos enfrentando uma circulação intensa de vírus respiratórios, que reflete diretamente nas internações e nos óbitos. A vacina contra a gripe é gratuita, está disponível em todos os municípios e é nossa principal proteção contra casos graves.”
Entre as crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) é o mais comum, enquanto a Influenza A (H1N1) predomina entre os idosos desde março. Embora ambos os vírus apresentem queda nas últimas semanas, sua circulação permanece intensa. As internações em 2025 estão acima da média dos últimos dez anos, com uma tendência de aumento até o momento.
Cobertura vacinal baixa
Desde o início da campanha de vacinação em 2 de abril, 2,264 milhões de doses da vacina contra a gripe foram aplicadas no estado, das quais 1,111 milhão foram destinadas ao público prioritário, representando apenas 24% da cobertura esperada para esse grupo. A meta do Ministério da Saúde é atingir 90% desta população. Regiões como Baixada Litorânea e Metropolitana I ainda apresentam índices muito baixos.
Serviço hospitalar
Para enfrentar o período de maior incidência da doença, o estado mantém 85 leitos pediátricos para SRAG, sendo 40 no Hospital Estadual Ricardo Cruz, na Baixada Fluminense, e 45 no Hospital Zilda Arns, no Médio Paraíba. As solicitações por leitos permanecem altas, em média 200 pedidos por semana, principalmente para crianças e idosos.
A secretária de Saúde, Claudia Mello, alerta: “O aumento nos pedidos de leitos para crianças e idosos causa preocupação. Essa época do ano é marcada pelo crescimento das síndromes respiratórias, por isso é essencial redobrar a atenção. Em caso de sintomas como febre persistente e dificuldade para respirar, é crucial buscar atendimento médico imediatamente.”