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quarta-feira, 24/12/2025

Riscos do consumo de álcool nas festas de fim de ano

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Durante as festas de fim de ano, é comum que as pessoas consumam mais bebidas alcoólicas em celebrações com familiares e amigos. Segundo a psiquiatra Alessandra Diehl, integrante do conselho da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abad), essa prática eleva os riscos para a saúde física e mental, além de prejudicar as relações sociais.

A especialista destaca que não existe uma quantidade segura de álcool para consumo. Estudos recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que qualquer dose pode causar danos.

Entre os problemas mais frequentes nesse período, estão quedas, intoxicações e a falta de supervisão infantil em ambientes com adultos bebendo.

Casos de crianças que ingerem álcool pela falta de cuidado dos adultos são comuns nos prontos-socorros pediátricos nessa época.

Alessandra Diehl também aponta o aumento da agressividade e dos riscos ao misturar álcool com medicamentos.

O consumo excessivo prejudica o julgamento, levando as pessoas a situações perigosas, como dirigir alcoolizadas, além de aumentar conflitos familiares.

Para quem já tem problemas com álcool, o fim do ano é ainda mais delicado, pois há maior risco de recaídas devido à oferta frequente da bebida e à valorização cultural do álcool.

A especialista alerta que o álcool não deve ser o centro das festas, pois exaltar seu uso pode ser um gatilho para pessoas emocionalmente vulneráveis.

Muitas pessoas usam o álcool para enfrentar sentimentos de tristeza, ansiedade e frustrações típicas dessa época, mas isso pode piorar sintomas de ansiedade e depressão.

Álcool e juventude

O consumo entre adolescentes tem aumentado. O 3º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas indicou que, enquanto o número de adultos que bebem regularmente diminuiu, entre os jovens o consumo intenso cresceu.

O consumo pesado de álcool entre menores subiu de 28,8% em 2012 para 34,4% em 2023.

Alessandra Diehl explica que adolescentes não devem consumir álcool, pois seus cérebros ainda estão se desenvolvendo, e o álcool pode causar danos.

A psiquiatra critica famílias que permitem ou incentivam o consumo em casa, afirmando que a prevenção depende de uma postura familiar firme e clara de que o álcool não deve ser o foco nas celebrações.

Ela enfatiza a importância de dizer aos jovens que a bebida não é o principal e que eles não devem beber.

*Informações baseadas em dados da Agência Brasil.

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