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quinta-feira, 26/06/2025




Risco fiscal é maior hoje do que no fim do governo Dilma, diz Mansueto

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Em Brasília

O economista-chefe do Banco BTG Pactual, Mansueto Almeida, destacou que atualmente a preocupação com o risco fiscal no Brasil é bem mais evidente do que nos anos de 2015 e 2016, no final do governo de Dilma Rousseff.

Durante um bate-papo com o CEO do BTG Pactual, André Esteves, na abertura da Global Managers Conference 2025, o economista enfatizou a importância de um diagnóstico claro para resolver os problemas econômicos atuais, fazendo uma comparação com a época de hiperinflação dos anos 90.

Mansueto ressaltou que o principal problema fiscal brasileiro é o fato de os gastos públicos superarem as receitas, ponto esse bastante reforçado em sua fala.

Ao sugerir soluções para a questão fiscal, ele indicou que o caminho está na redução ou controle dos gastos do governo. Segundo ele, existem benefícios fiscais que poderiam ser eliminados, o que aumentaria a arrecadação sem a necessidade de aumentar os impostos.

Um exemplo citado é a revisão da política de valorização do salário mínimo, que impacta diretamente as despesas com previdência e não tem demonstrado ser eficiente no combate à pobreza. Mansueto acredita que desvincular o aumento real do salário mínimo dos benefícios previdenciários ajudaria o governo a liberar recursos para investimentos mais eficazes em políticas sociais.

Essa desvinculação seria especialmente importante, considerando que metade dos gastos públicos está relacionada às despesas previdenciárias.

A mensagem final de Mansueto Almeida é de otimismo: com liderança adequada, o Congresso tem condições de aprovar as reformas necessárias para o equilíbrio fiscal.

Ele afirmou que é possível manter os benefícios sociais sem conceder aumentos reais no salário mínimo, e que a situação econômica do país melhoraria significativamente se o Brasil conseguisse passar alguns anos sem elevação do salário mínimo acima da inflação.




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