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sexta-feira, 15/08/2025

Ricardo Ayres é o relator da CPI do INSS

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta sexta-feira (15/8) o deputado Ricardo Ayres (TO) como o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as irregularidades e desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ayres, que pertence ao mesmo partido de Motta, está exercendo seu primeiro mandato como deputado federal pelo estado de Tocantins.

Natural de Goiânia (GO), Ricardo Ayres ocupa desde 2023 o cargo de vice-líder de seu partido na Câmara dos Deputados. Ele já manifestou sua posição em questões polêmicas, votando contra o governo em temas como a revogação do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a aprovação do Projeto de Lei referente ao licenciamento ambiental.

Embora o Partido Liberal (PL) tenha solicitado a relatoria da CPMI, alegando que a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) foi a autora do pedido de investigação, o partido decidiu ceder a posição devido à inexperiência da deputada, que assim como Ayres está em seu primeiro mandato. A liderança do PL no Senado será exercida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que assumirá a presidência da comissão e já tem experiência na condução de CPIs, tendo liderado a CPI da Covid-19 no Senado.

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), confirmou que a instalação da CPMI ocorrerá obrigatoriamente na próxima semana. Ele explicou que, após uma reunião com Hugo Motta, foi acordado que as indicações das lideranças partidárias para compor a comissão seriam formalizadas em breve, garantindo o início dos trabalhos na próxima semana.

O escândalo envolvendo o INSS foi alvo de uma série de reportagens publicadas pelo portal Metrópoles a partir de dezembro de 2023. As investigações revelaram um aumento significativo nas arrecadações das entidades através do desconto de mensalidades de aposentados, que chegou a R$ 2 bilhões em apenas um ano, ao mesmo tempo em que várias associações enfrentam processos por fraudes nas filiações de segurados. Essas denúncias levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e contribuíram para apurações da Controladoria-Geral da União (CGU), resultando na Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, e nas consequentes exonerações do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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