Apesar da divergência sobre o destino da reforma, o empresário, filho de José Alencar – que foi o vice-presidente da República nas gestões de Lula -, mantém interlocução com o ex-presidente e costuma figurar entre cotados para um eventual novo governo do petista
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, disse ontem que revogar a reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer seria um retrocesso. Josué, porém, considera legítima uma discussão para aprimorar a reforma. Líderes do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deram declarações recentes a favor da revisão ou revogação das mudanças trabalhistas.
“A reforma que foi feita tem avanços muito importantes. Talvez o maior deles seja o negociado prevalecer sobre o legislado”, afirmou Josué ao Estadão. “O mundo evoluiu.”
Apesar da divergência sobre o destino da reforma, o empresário, filho de José Alencar – que foi o vice-presidente da República nas gestões de Lula -, mantém interlocução com o ex-presidente e costuma figurar entre cotados para um eventual novo governo do petista. Em dezembro, antes de assumir a Fiesp, ele se desfiliou do PL, como gesto para reforçar o compromisso com a entidade empresarial.
Mais cedo, em encontro com jornalistas, ao ser questionado sobre uma eventual eleição de Lula, disse não ter preferência e que nunca foi próximo do governo Lula. “Eu ia a Brasília como empresário. Papai cuidava de política, e eu, dos negócios da família.” Josué considerou que o governo Lula teve erros e acertos, porém mais acertos, já que deixou o governo com 83% de aprovação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.