A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), comemorou, nesta sexta-feira (12/12), a eliminação das sanções aplicadas pelos Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a ministra, a decisão norte-americana representa “um grande triunfo para o Brasil” e para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com essa medida, a esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, e a empresa familiar também foram isentas das penalidades.
“A retirada das sanções americanas contra o ministro Alexandre de Moraes é um grande triunfo para o Brasil e para o presidente Lula. Foi o próprio Lula que colocou essa revogação na pauta de Donald Trump, em um diálogo firme e soberano”, declarou Gleisi.
Conforme divulgado, a retirada dos nomes da lista de sancionados já era aguardada pelo governo Lula desde a semana passada. Fontes governamentais informaram que, na última conversa entre os presidentes, Trump indicou que haveria mudanças nas sanções.
O presidente dos EUA revelou em entrevista que discutiu com o presidente brasileiro as medidas que afetaram personalidades brasileiras.
Além disso, a ministra ressaltou que a ação do governo Donald Trump representa uma significativa derrota para a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Aqueles que conspiraram contra o Brasil e a Justiça foram derrotados”, afirmou.
As sanções contra Moraes, sua esposa e outros oficiais brasileiros foram resultado da influência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que reside nos EUA desde fevereiro deste ano. Junto com o influenciador conservador Paulo Figueiredo, ele buscou apoio junto ao governo Trump, alegando que o Brasil estaria sob uma espécie de ditadura judicial liderada por Moraes.
Na justificativa das sanções, a Casa Branca declarou que as medidas tinham motivações políticas, reagindo à atuação de Moraes como relator do processo relacionado à conspiração golpista, que resultou na condenação de ex-presidentes e seus aliados.
O governo americano também implementou outras ações em retaliação à prisão de Bolsonaro, incluindo aumento das tarifas comerciais para o Brasil, suspensão de vistos para membros da Corte e juízes auxiliares, autoridades da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, além de políticos ligados ao STF.
