O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que a COP30, que acontecerá em novembro em Belém, tem como objetivo colocar em prática os acordos firmados anteriormente, que até agora não foram cumpridos. Durante o evento Brazil Windpower, em São Paulo, ele comentou que muitos países não implementam os compromissos assumidos e que esta edição deve discutir temas como o financiamento onde países mais ricos ajudam na transição energética dos países em desenvolvimento. Sem isso, a transição será só uma aparência.
Renan Filho também comentou que se a energia limpa fosse mais barata, o problema estaria resolvido, mas isso nem sempre ocorre pois é necessário adaptar infraestruturas, como a troca de motores de aeronaves.
Sobre a agenda internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Ásia, ele mencionou que qualquer reunião do presidente fora do país é uma boa notícia devido à sua habilidade de articulação baseada em informações verdadeiras.
Financiamento para energia eólica em alto mar
No mesmo evento, a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, falou que o banco precisa financiar a energia eólica offshore (no mar) e continuar apoiando a energia eólica onshore (em terra).
Ela explicou que a energia eólica offshore representa a segunda fase da transição energética no Brasil, já que a primeira fase garantiu que 90% da matriz elétrica do país venha de fontes renováveis.
Luciana Costa também afirmou que o BNDES mantém financiamentos ativos no setor e possui projetos em andamento, mesmo diante da crise.
Ela destacou a Medida Provisória 1.304, que fixa um teto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), dizendo que essa medida é positiva e demonstra que a democracia funciona.
