11.5 C
Brasília
terça-feira, 12/08/2025

Relator afirma que China deve respeitar defensores de direitos humanos presos

Brasília
céu limpo
11.5 ° C
15 °
11.5 °
52 %
1kmh
0 %
ter
29 °
qua
30 °
qui
30 °
sex
30 °
sáb
29 °

Em Brasília

A relatora especial sobre a Situação dos Defensores de Direitos Humanos, Mary Lawlor, solicitou que a China respeite os defensores de direitos humanos que estão presos no país.

Em um comunicado apoiado por outras três relatoras, Lawlor pede que o país asiático assegure que os prisioneiros não sofram tortura ou outros maus-tratos.

Assistência médica

Segundo a relatora, existem denúncias frequentes de que os detidos são impedidos de receber visitas e não têm acesso a tratamento médico adequado. Para ela, essa situação é preocupante.

Mary Lawlor também pediu que o governo chinês permita visitas de familiares e advogados, garanta cuidados médicos e estabeleça locais de detenção oficiais, com informações sobre a localização e situação dos presos disponíveis para quem tenha interesse legítimo.

Apesar dos pedidos, as autoridades chinesas não forneceram respostas detalhadas sobre o tratamento dado aos defensores de direitos humanos presos no país.

A relatora mencionou que recebeu apenas respostas genéricas, com poucas informações específicas sobre as questões levantadas.

Informações sobre sete defensores

Mary Lawlor solicitou à China dados detalhados sobre as condições de sete defensores de direitos humanos que cumprem sentenças superiores a dez anos.

Em fevereiro, ela enviou cartas às autoridades chinesas pedindo informações precisas sobre o estado de saúde e tratamento de Ding Jiaxi, Huang Qi, Huang Yunmin, Ilham Tohti, Qin Yongmin, Zhang Haitao e Zhao Haitong, incluindo datas das últimas avaliações médicas.

Também solicitou explicações sobre as alegações de maus-tratos e as razões para as restrições às visitas de familiares e advogados. No entanto, detalhes específicos foram fornecidos em apenas dois dos sete casos.

Caso do advogado Gao Zhisheng

Mary Lawlor pediu ainda informações sobre o paradeiro do renomado advogado de direitos humanos Gao Zhisheng, cujo destino é desconhecido desde 2017.

A esposa de Gao, Geng He, que vive nos Estados Unidos, continua buscando informações sobre seu marido e pediu ajuda publicamente para localizá-lo.

As autoridades chinesas declararam que Gao Zhisheng foi libertado em 2014 e negaram que ele tenha sido vítima de “desaparecimento forçado” ou “detenção arbitrária”.

Em resposta a uma comunicação oficial de 2017, o governo informou que a polícia abriu uma investigação baseada em uma denúncia de desaparecimento feita pela família de Gao, e que o caso permanecia aberto.

Mary Lawlor afirmou que, apesar dos pedidos de informações, nenhuma atualização foi recebida, e renovou seu apelo para que as autoridades chinesas esclareçam o paradeiro e a situação do advogado.

Veja Também