Reino Unido corre para garantir acordo para proteger empresas do colapso do Silicon Valley Bank

O banco de compensação do Reino Unido, o Bank of London, confirmou na noite de domingo que apresentou uma oferta de resgate para o braço do Reino Unido, juntamente com um grupo de empresas de private equity. “Não se pode permitir que o Silicon Valley Bank quebre devido à comunidade vital que ele atende”, disse o executivo-chefe do Bank of London, Anthony Watson.

Uma empresa de investimentos do Oriente Médio dos Emirados Árabes Unidos, a Royal, teria manifestado interesse na SVB UK, que tem 3.500 clientes, desde startups até empresas de tecnologia estabelecidas, como a empresa de pagamentos Wise e a empresa de segurança cibernética Darktrace.

O Guardian entende que o credor de pequenas empresas OakNorth, que foi fundado pelo doador do partido conservador Rishi Khosla e é aconselhado pelo ex-chanceler Phillip Hammond, também jogou seu chapéu no ringue, conforme relatado pela primeira vez pela Sky News.

No final do domingo, surgiram relatos de que o HSBC estava concorrendo como um potencial licitante, embora o banco tenha se recusado a comentar. JP Morgan também foi abordado, mas o Guardian entende que não havia feito uma oferta até a noite de domingo. O credor dos EUA também se recusou a comentar.

O SVB UK disse no fim de semana que “salvo qualquer evento intermediário”, os reguladores do Banco da Inglaterra colocariam o credor em insolvência a partir da noite de domingo.

Hunt manteve reuniões noturnas com Sunak e o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, em uma tentativa de evitar mais consequências do colapso da empresa-mãe americana do SVB UK na sexta-feira.

Investidores e fundadores de tecnologia alertaram que centenas de startups poderiam ficar insolventes sem a intervenção do Estado.

“Vamos apresentar, muito em breve, planos para garantir que as pessoas sejam capazes de atender às suas necessidades de fluxo de caixa e pagar seus funcionários, mas obviamente o que queremos fazer é encontrar uma solução de longo prazo que minimize, ou mesmo evite completamente, perdas para algumas de nossas empresas mais promissoras”, disse Hunt à Sky News.

O governo pediu às startups afetadas que divulgassem quanto dinheiro tinham depositado no SVB UK, quanto costumavam gastar a cada mês e se tinham acesso a outras contas bancárias além do credor falido.

O Coadec saudou o compromisso do governo com o apoio emergencial, dizendo que era “um reconhecimento da dimensão do desafio”, enquanto os investidores indicaram não ter preferência sobre a forma do negócio.

“Não acredito que o setor esteja particularmente incomodado com a aparência de um pacote – seja por meio de um esquema do British Business Bank ou de outra forma – e tenha confiança nos formuladores de políticas para tomar as decisões corretas”, Eileen Burbidge, sócia da empresa de capital de risco Passion Capital e ex-enviado de fintech para o Tesouro, disse.

“As empresas afetadas simplesmente querem acesso ao seu capital suado de receita e/ou investidores, que podem acessar de uma conta bancária para continuar negociando e atendendo/fornecendo a economia do Reino Unido – como fizeram na quinta-feira.”

Sunak não descartou a criação de um fundo de emergência para garantir os depósitos. Ele disse no domingo que a sugestão era “especulação”, mas acrescentou quando questionado sobre a possibilidade: “Estamos trabalhando nisso; o Tesouro está em contato.

Qualquer colapso generalizado das startups do Reino Unido seria um golpe nas ambições de Hunt e Sunak de transformar o Reino Unido no “próximo Vale do Silício do mundo”. O chanceler elogiou as perspectivas de crescimento do setor durante discurso em janeiro.

A perspectiva de mais consequências estimulou o Tesouro a realizar uma reunião de emergência com representantes da indústria de tecnologia do Reino Unido na noite de sábado, quando mais de 200 executivos de tecnologia escreveram uma carta aberta alertando o chanceler de que estavam ativamente “avaliando números para ver se somos tecnicamente insolventes”. como resultado da falência do SVB UK.

A carta explicava que o setor de tecnologia era altamente interconectado e que a perda de depósitos tinha o potencial de paralisar o setor, com muitas empresas correndo o risco de entrar em insolvência da noite para o dia.

O Silicon Valley Bank – que era o 16º maior credor dos EUA – entrou em colapso e teve seus ativos apreendidos pelos reguladores dos EUA na sexta-feira, após tumultuadas 48 horas. O credor vinha tentando levantar fundos de emergência para tapar um buraco de quase US$ 2 bilhões (£ 1,7 bilhão) em suas finanças, após um aumento nos saques de clientes da indústria de tecnologia que viram o financiamento secar nos últimos meses.

O Banco da Inglaterra subseqüentemente ordenou a insolvência de sua subsidiária no Reino Unido na noite de sexta-feira , colocando as empresas em risco de perder quase todo o seu dinheiro. Apenas £ 85.000 de depósitos de clientes serão protegidos pelo Esquema de Compensação de Serviços Financeiros, ou £ 170.000 para contas conjuntas, o que significa que muitos dos 3.500 clientes do SVB UK enfrentarão grandes perdas sem a intervenção do governo.