O Reino Unido, o Canadá e a Austrália anunciaram neste domingo (21/9) que reconhecem a Palestina como um Estado soberano. Esta decisão foi tomada um dia antes da abertura da 80ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Nas redes sociais, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que, para restaurar a esperança por paz entre palestinos e israelenses e alcançar uma solução de dois Estados, o Reino Unido está reconhecendo formalmente a Palestina como um Estado.
Reconhecimento da Palestina
O respaldo ao reconhecimento palestino ocorre em meio a críticas ao governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que enfrenta acusações de aumentar os conflitos e a crise humanitária na região.
Além do Reino Unido, 147 dos 193 países membros da ONU já reconheceram a Palestina. Em agosto, o presidente francês Emmanuel Macron também declarou reconhecimento ao Estado palestino.
A abordagem da solução de dois Estados foi reforçada por Starmer, que ressaltou a necessidade de paz duradoura entre judeus e palestinos.
No pronunciamento, Starmer destacou o desejo da população britânica de ver a Palestina livre de conflitos e condenou o grupo Hamas por manter reféns israelenses em Gaza. Ele reforçou a importância da libertação imediata desses reféns e anunciou sanções contra membros do Hamas.
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, também declarou reconhecimento oficial, oferecendo cooperação para assegurar um futuro pacífico entre a Palestina e Israel. Ele criticou o governo israelense por ações consideradas obstáculo à criação do Estado palestino e enumerou as graves consequências do conflito para a população civil em Gaza.
Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália, reconheceu os direitos históricos do povo palestino a seu próprio Estado, impondo condições para manter relações diplomáticas, incluindo a exclusão do grupo Hamas do processo político palestino.
Assembleia Geral da ONU
Na Assembleia Geral da ONU, que começou em 9 de setembro, representantes de todos os 193 países membros participam com igual poder de voto. A partir de 23 de setembro, os debates serão conduzidos por chefes de governo, entre eles o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que tradicionalmente abre o evento.
Vários países anunciarão formalmente o reconhecimento da Palestina neste evento, reforçando o compromisso internacional com a solução pacífica para o conflito.