A entrega do espaço vai ocorrer oficialmente na manhã desta quinta-feira (29), com coletiva do Capital Clube de Futebol
A reforma do Complexo Esportivo JK foi executada por meio do projeto Adote uma Praça, da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe). Foram investidos cerca de R$ 400 mil para a recuperação completa do espaço, que estava fechado há mais de 11 anos. Hoje ele atende em torno de 1.200 crianças e jovens da comunidade do Paranoá, entre 6 e 20 anos de idade.
“A parceria para reforma do Estádio JK não se limitou apenas ao campo, mas se estendeu às áreas ao redor, como o ginásio. Toda a área foi beneficiada pelo projeto, o que gerou um grande interesse por parte da população local”Roberto de Andrade, secretário de Projetos Especiais
Em dois anos de reparos, houve a troca completa do gramado por uma grama especial para futebol que veio de São Paulo, além de toda a reforma do ginásio e um novo campo sintético, que antes estava sem condições de uso. Também foram construídos dois campos de treinamento novos para as crianças e o complexo teve a parte elétrica toda refeita e reforçada.
No estádio, foram construídos banheiros, uma parte administrativa e uma nova entrada do lado norte para separar as torcidas que frequentam o espaço.
Godofredo Gonçalves Filho é presidente do Capital Clube de Futebol, além de adotante do complexo pelo projeto Adote uma Praça, que passou a gerir o estádio a partir de 2021. “Era um ponto de criminalidade e atos ilícitos. Hoje é um sentimento único, porque a gente chega e vê que a criança que estava no meio da rua ‘ontem’ não está mais lá, está aqui com a gente recebendo orientação”, destaca Godofredo.
Acompanhamento
A principal atividade do espaço é a prática do futebol e as orientações psicopedagógicas. Para continuarem matriculados na escolinha, os alunos devem apresentar os boletins escolares, que são acompanhados pelas equipes sociais.
Godofredo ressalta a importância das atividades e de cobrar o desempenho escolar. “Para a própria escola é algo positivo também. Tenho certeza de que daqui uns cinco anos isso já vai ter um reflexo gigantesco no Paranoá, tanto em índice de criminalidade quanto no desenvolvimento da cidade”, acentua.
Comunidade
Um dos professores do Complexo Esportivo JK, Fábio Guedes Pereira comenta que é até difícil mensurar o tamanho da importância de projetos como esse para quem é nascido e criado na comunidade do Paranoá, como ele. “Na minha época mesmo não existia e muitos dos meus amigos se perderam por não ter onde ocupar a mente. Esse espaço estava perdido. É emocionante ver esse lugar cheio de crianças e jovens todos os dias. A gente não compreende a dimensão da mudança de vida deles, que vêm pra cá com um brilho no olhar”, afirma o treinador.
Aos 13 anos, Samuel Felix Otaviano Araújo é um dos pequenos atletas que frequentam o espaço. Ele faz aula de futebol duas vezes por semana no complexo e achou a reforma muito boa. “Fica muito bom pra gente usar aqui. Temos um bom material. Mudou minha rotina, porque toda segunda e quarta eu ficava em casa sem fazer nada. Aí agora eu tenho um esporte pra fazer. Ajuda demais, gosto muito de jogar futebol e estudar”, declara Samuel.
A entrega do Complexo Esportivo JK vai ocorrer oficialmente nesta quinta-feira (29), com coletiva do time de futebol Capital, que adotou o estádio como sua casa. O projeto está em processo de migração do Adote uma Praça para parceria público-privada (PPP), que influencia o tempo de concessão de uso e a ampliação das benfeitorias.
“A parceria para reforma do Estádio JK não se limitou apenas ao campo, mas se estendeu às áreas ao redor, como o ginásio. Toda a área foi beneficiada pelo projeto, o que gerou um grande interesse por parte da população local”, afirma o secretário de Projetos Especiais, Roberto de Andrade.