O Indicador Antecedente de Emprego, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 2,2 pontos em janeiro e foi a 83,5 pontos, depois de fechar 2020 com ganhos
O mercado de trabalho brasileiro iniciou 2021 perdendo ritmo, de acordo com os dados do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas.
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 2,2 pontos em janeiro e foi a 83,5 pontos, depois de fechar 2020 com ganhos.
“A queda do IAEmp em janeiro sugere uma perda de ritmo da recuperação do mercado de trabalho. Nos últimos meses o indicador vinha oscilando, mas ainda em patamar abaixo do que era observado no período anterior à pandemia”, disse Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, em nota.
“A provável desaceleração da atividade econômica no primeiro trimestre e o elevado nível de incerteza ainda não permitem que seja possível imaginar uma melhora desse indicador no curto prazo”, completou.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), por sua vez, recuou 3,8 pontos, para 98,8 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.
“Os próximos resultados podem confirmar se houve uma inversão da tendência, mas o fim dos programas do governo, a dificuldade que alguns setores ainda encontram na recuperação e a piora dos números da pandemia ainda não sugerem uma expectativa positiva para os próximos meses”, alertou Tobler.
O Brasil tinha 14 milhões de desempregados no trimestre encerrado em novembro, com taxa de desemprego de 14,1%, de acordo com dados do IBGE. Mas o mercado de trabalho continuou indicando alguma recuperação das vagas perdidas no início da pandemia com aumento na população ocupada.