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sábado, 20/12/2025

Rapel é proibido no Viaduto Sumaré, mas empresas ainda oferecem na internet

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Mateus Araújo
UOL/FOLHAPRESS

Empresas vendem pela internet experiências de rapel e bungee jump no viaduto Sumaré, localizado na zona oeste de São Paulo, mesmo após um acidente recente que chamou atenção nas redes sociais. A prefeitura confirma que essas atividades não são permitidas no local.

Proibição versus oferta

A prefeitura informa que esportes radicais no viaduto são proibidos e declarou que atividades como rapel e bungee jump não têm autorização para acontecer ali. Além disso, fiscalizações regulares são feitas para impedir que esses eventos aconteçam sem permissão.

Desde 2005, a prática de esportes radicais no viaduto está vetada, especialmente depois que um homem sofreu um acidente durante uma dessas atividades. A única exceção é para eventos organizados diretamente pela administração municipal.

Coronel Telhada, subprefeito da Lapa, disse que não existem denúncias oficiais sobre atividades no viaduto e que a prefeitura age apenas quando recebe reclamações pelo canal 156 ou durante fiscalizações diretas, mas não tem equipes fixas no local diariamente.

Após a divulgação de um vídeo anunciando um evento de esportes para o domingo, a fiscalização enviou um agente ao local e nada foi encontrado. Segundo Telhada, os organizadores evitaram agir após essa fiscalização.

A prefeitura pede que a população denuncie casos irregulares imediatamente. O subprefeito ressaltou que algumas empresas fazem os clientes assinarem termos de responsabilidade e que essas pessoas participam por vontade própria.

Mesmo com a proibição, a reportagem conseguiu agendar um rapel pela internet, com preços a partir de R$ 74, para uma data futura.

Uma das empresas informou por mensagem que as atividades estão suspensas, mas mantém a opção de reserva para o futuro. No entanto, o site e as redes sociais da empresa não avisam sobre a suposta suspensão.

O serviço de rapel é oferecido durante o dia e à noite, com opções acompanhado ou monitorado, com preços que podem chegar a R$ 117, incluindo fotos e filmagens com drones, mediante consulta. Segundo o dono, o problema recente envolveu um grupo amador, e ele aguarda autorização oficial da prefeitura para retomar as atividades.

Outra empresa afirmou que paralisou as atividades por uma revisão de segurança e só pretende retomar o rapel após confirmar condições seguras para acesso. Uma funcionária garantiu que não há ligação com os problemas recentes, e que a suspensão foi feita por precaução.

Sobre a fiscalização, a funcionária disse que nunca houve interrupção por parte da Guarda Civil Metropolitana ou da polícia, e moradores relatam que viram viaturas no local enquanto os esportes eram praticados. A reportagem tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública, mas não obteve resposta até a publicação.

Na semana passada, um vídeo viralizou mostrando um acidente durante uma tentativa de salto de bungee jump no viaduto, quando uma mulher bateu a cabeça na estrutura. O vídeo foi gravado em outubro, mas só recentemente chamou atenção para os riscos dessas práticas no local.

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