Ao deixar a sessão do colegiado, Renan disse que se recusava a fazer perguntas aos convidados
O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o senador Humberto Costa (PT-PE) abandonaram a sessão do colegiado realizada nesta sexta-feira (18), que teve como convidados médicos infectologistas favoráveis ao tratamento precoce contra a Covid-19.
Antes de deixar a sessão, Renan disse que se recusava a fazer perguntas aos convidados e ainda acusou o presidente Jair Bolsonaro de compartilhar “práticas criminosas”. Os médicos participantes da CPI nesta sexta são Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves.
– Com todo respeito, mas eu me recuso a fazer qualquer pergunta aos depoentes. Não dá para continuar nesta situação. A CPI tem papel de dissuadir práticas criminosas, como essa do presidente da República – disse Calheiros.
Em resposta, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) manifestou-se e disse lamentar-se pelo posicionamento de Renan de não ouvir dos depoentes. O parlamentar disse que Renan deveria questionar os médicos sobre a pesquisa de Manaus a respeito da hidroxicloroquina, mas foi ignorado por Renan.
– Dois pesos, duas medidas. Aqui tem médicos. A doutora Natália [Pasternak] não tratou nenhum paciente. Não tem o que perguntar por que não te interessa o tratamento que vossa excelência e muitos outros negam – apontou Heinze.
Além do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), seguem na sessão os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos do Val (Podemos-ES), Jorginho Mello (PL-SC), além de Heinze. Tasso Jereissati (PSDB-CE), considerado independente, também registrou presença de forma virtual na sessão.