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quarta-feira, 18/06/2025




Quem é Antônio Doido, deputado suspeito de R$ 6 milhões apreendidos pela PF

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Antônio Leocádio dos Santos, conhecido como Antônio Doido (MDB-PA), é um deputado federal atualmente sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As suspeitas envolvem desvios de recursos públicos, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. Tentativas de contato feitas pelo Estadão não foram respondidas pelo parlamentar.

Com 48 anos, Antônio Doido está cumprindo seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, para o qual foi eleito em 2022 com 126.535 votos. Antes, presidiu a prefeitura de São Miguel do Guamá (PA) entre 2017 e 2020, município com pouco mais de 52 mil habitantes, de acordo com o IBGE.

Nas eleições municipais de 2020, ele tentou a reeleição na prefeitura, mas não foi bem sucedido. Posteriormente, em 2024, ainda deputado federal, concorreu à prefeitura de Ananindeua (PA), obtendo 23.091 votos e ficando em segundo lugar, atrás do vencedor Dr. Daniel (PSB), que foi reeleito com 229.930 votos.

Formado em Ciências Contábeis pela Faculdade da Amazônia, o deputado se autodenomina empresário. Ele atua na Comissão Externa sobre Obras Públicas Paralisadas e Inacabadas no País, além de integrar a Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara.

Durante seu mandato, Antônio Doido foi um dos signatários da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impede sanções a partidos políticos que não cumpriram a cota mínima de recursos destinados a candidatas mulheres e candidatos negros nas eleições de 2022. Esta medida justifica que muitos partidos tiveram dificuldades de se adaptar à medida, que entrou em vigor no ano eleitoral. A emenda foi promulgada em agosto de 2024.

Conforme reportado pelo Estadão, o deputado está entre os que mais direcionaram emendas parlamentares em 2024, tendo destinado R$ 37,8 milhões para várias prefeituras do Pará. Esses recursos foram alocados para ações de custeio da saúde nos níveis básico, médio e alto.

As investigações contra Antônio Doido começaram após a apreensão de R$ 4,9 milhões em dinheiro vivo com pessoas ligadas ao parlamentar, pouco antes das eleições de 2024. A Polícia Federal suspeita que esses valores seriam usados para compra de votos.

Em janeiro de 2025, a polícia encontrou mais de R$ 1 milhão com o assessor parlamentar Jacob Aarão Serruya Neto, que está sendo investigado pelo possível uso dos valores para pagamentos ilícitos a funcionários públicos. O inquérito que investiga o caso, envolvendo apreensões totais de R$ 6 milhões, está sendo conduzido no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao foro privilegiado do deputado.




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