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domingo, 14/12/2025

Quem é Adilson Barroso, suplente que assume vaga de Carla Zambelli

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Em Brasília

Com a renúncia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), oficializada neste domingo (14/12), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ordenou a convocação do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a cadeira deixada pela parlamentar. Essa ação está em conformidade com o regimento interno da Câmara e a legislação eleitoral, após a comunicação formal da Secretaria-Geral da Mesa.

Natural de Minas Gerais, Adilson Barroso é filiado ao Partido Liberal de São Paulo e possui uma trajetória política anterior ao seu atual mandato. Conforme sua biografia oficial na Câmara, ele é empresário e possui ensino superior, embora sua formação acadêmica não seja detalhada. O parlamentar é associado à ala bolsonarista e demonstra publicamente alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao longo de sua carreira, Barroso ocupou diversos cargos eletivos. Foi vereador em Barrinha, no interior de São Paulo, em 1988 pelo PTB, e reeleito em 1992 pelo antigo PFL. Entre 1997 e 2002, atuou como vice-prefeito da mesma cidade. Em 2002, foi eleito deputado estadual por São Paulo pelo Prona e exerceu o mandato até 2010. Após perder a eleição naquele ano, retornou à política municipal em 2016, novamente como vereador.

No âmbito partidário, Barroso foi um dos fundadores do Partido Ecológico Nacional (PEN), criado em 2012 e renomeado Patriota em 2017. Em 2021, ele foi afastado da presidência do partido após negociações individuais para a possível filiação de Jair Bolsonaro, que logo após se filiou ao PL. No mesmo ano, Barroso deixou o Patriota e aderiu ao Partido Liberal. Em 2022, concorreu à Câmara dos Deputados, recebeu 62.445 votos e ficou em primeiro lugar na lista de suplentes do partido.

Durante a legislatura atual, Adilson Barroso já exerceu mandato federal ao substituir Guilherme Derrite (PP-SP) entre 2023 e 2025, enquanto este esteve licenciado para exercer o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo. Com o retorno do deputado titular ao cargo no final de novembro, Barroso voltou à condição de suplente até sua nova convocação.

Renúncia de Carla Zambelli

A renúncia da deputada Carla Zambelli ocorreu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 14 de dezembro, que decretou a perda imediata do mandato da parlamentar.

Embora a Câmara tenha votado pela cassação, o número mínimo de votos não foi alcançado. O ministro entendeu que, em casos de condenação criminal com trânsito em julgado, é competência do Judiciário determinar a perda do mandato, cabendo à Mesa diretora da Câmara apenas formalizar o ato.

Moraes ressaltou que, conforme previsto na Constituição Federal, o Judiciário é responsável por decretar a perda do mandato de parlamentares condenados criminalmente com trânsito em julgado, enquanto à Mesa da Câmara cabe somente declarar a perda do mandato, conforme o artigo 55, parágrafo 3º.

Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão por participação na invasão, junto a um hacker, dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Atualmente está presa na Itália após fugir do Brasil. Como detida, ela está impossibilitada de votar ou exercer o mandato, o qual estava mantido até então por decisão da Câmara.

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