Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (9) devido ao receio de que a oferta esteja maior do que a demanda, mesmo com as tensões geopolíticas ainda presentes.
O barril do tipo Brent, negociado em Londres para entrega em fevereiro, caiu 0,88%, ficando em US$ 61,94. Já o barril West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em janeiro nos Estados Unidos, fechou em baixa de 1,07%, valendo US$ 58,25.
Andy Lipow, analista da Lipow Oil Associates, afirmou que “o mercado continua sob pressão pelas altas na oferta”, principalmente devido ao aumento das cotas de produção da Opep+ desde abril.
O cartel Opep+ reabriu as válvulas, o que ajudou a derrubar os preços nas últimas semanas, porém, confirmou que vai pausar os aumentos da produção no primeiro trimestre de 2026.
Andy Lipow destacou que a produção recorde nos Estados Unidos e Canadá, juntamente com o aumento na produção no Brasil, Guiana e Argentina, também está pressionando os preços.
Os investidores estão preocupados que a oferta cresça mais rápido que a demanda, deixando as incertezas geopolíticas em segundo plano.
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky informou que enviará a Washington uma proposta revisada quanto ao plano dos Estados Unidos para acabar com a guerra em seu país.
Para forçar a Rússia à negociação, o presidente Donald Trump adotou medidas contra as empresas petrolíferas russas Lukoil e Rosneft, ameaçando impor sanções secundárias a países que negociarem com elas.
Andy Lipow observou que a Rússia conseguiu superar as sanções dos Estados Unidos e União Europeia eficazmente.
Além disso, há muito petróleo russo disponível no mercado por preços bem reduzidos, o que também contribui para a queda dos valores do petróleo.
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