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quarta-feira, 20/08/2025

Queda no preço da cesta básica em 15 capitais no mês de julho

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Em julho, o custo dos principais alimentos caiu em 15 capitais brasileiras, enquanto em 12 registrou alta, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Dieese e a Conab. Esta é a primeira vez que o estudo abrange todas as 26 capitais e o Distrito Federal, antes era realizado em 17 cidades.

As maiores reduções no custo da cesta básica foram em Florianópolis (2,6%), Curitiba (2,4%), Rio de Janeiro (2,3%) e Campo Grande (2,1%). Já os maiores aumentos ocorreram nas cidades do Nordeste, como Recife (2,8%), Maceió (2%), Aracaju (2%), João Pessoa (1,8%), Salvador (1,8%), Natal (1,4%) e São Luís (1,4%).

São Paulo é a capital com o preço mais alto da cesta básica (R$ 865,90), seguida por Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48).

Nas regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores custos foram registrados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).

Ao comparar os preços de julho de 2024 e julho de 2025 nas 17 capitais tradicionais da pesquisa, houve aumento em todas, variando de 2% em Belém a 19,5% em Recife.

No acumulado do ano até julho, todas as capitais mostraram aumento nos preços, com taxas entre 0,3% em Goiânia e 11,4% em Recife.

Baseando-se na cesta básica mais cara, a de São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 7.274,43 em julho, quase 4,8 vezes o salário mínimo atual de R$ 1.518, para cobrir despesas essenciais de uma família de quatro pessoas.

Em média, trabalhadores que recebem o salário mínimo comprometem cerca de 50,9% do rendimento líquido para comprar os alimentos básicos nas 27 capitais.

Produtos

O preço do arroz caiu em quase todas as capitais em julho, exceto Recife, que teve alta de 0,65%. As maiores quedas foram em Porto Velho (-7,1%), Palmas (-5,2%) e Florianópolis (-5%).

O preço do feijão também diminuiu em 24 capitais, especialmente o feijão preto no Sul, Rio de Janeiro e Vitória. Em Vitória e Florianópolis, as quedas foram de 6,9% e 5,2%, respectivamente. O feijão carioca teve algumas altas em capitais como Porto Velho, Maceió e São Luís.

O valor do café em pó caiu em 21 capitais, com as maiores quedas em Belo Horizonte (-8,1%) e Teresina (-3,9%). Apenas seis capitais tiveram aumento no preço, como Macapá (7%), Cuiabá (1,3%) e Boa Vista (1,1%).

Apesar da baixa nos estoques mundiais, a colheita crescente no Brasil tem pressionado o preço para baixo, seguindo as oscilações nas bolsas internacionais, informaram o Dieese e a Conab.

O preço da carne bovina de primeira qualidade variou: subiu em 11 capitais, como Boa Vista (2%) e Salvador (1,8%), e caiu em 16, sendo a maior queda em Belém (-2,9%).

O aumento da demanda externa e o abate mais lento de animais no Brasil, além da tarifa de 50% aplicada às exportações para os EUA, influenciaram esses preços, conforme o Dieese.

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