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sexta-feira, 12/09/2025

Queda na economia reduz expectativa de crescimento do PIB

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O governo diminuiu sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, passando de 2,5% para 2,3% ao ano, devido à desaceleração da economia brasileira. No segundo trimestre, o PIB do Brasil cresceu 0,4% em relação ao trimestre anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um dos principais fatores dessa desaceleração é o aumento da taxa Selic, que atualmente está em 15% ao ano, influenciando as demais taxas de juros no país. Conforme o Boletim Macrofiscal divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda na última quinta-feira (11/9), "o ritmo de expansão das concessões de crédito tem diminuído, acompanhando o aumento nas taxas de juros bancárias e na inadimplência".

Apesar da taxa de desemprego estar no menor nível histórico, a expansão da massa salarial real está desacelerando, resultando em uma redução do poder de compra da população. A pasta destaca que "a revisão reflete o desempenho inferior ao esperado do PIB no segundo trimestre em comparação ao projetado em julho, impactado pelos efeitos da política monetária sobre o crédito e a atividade econômica".

O que é o PIB

O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um país, estado ou cidade durante um ano. Seu crescimento indica um bom ritmo econômico, enquanto uma queda sinaliza retração na produção.

O Banco Central prevê que a economia brasileira crescerá 2,1% em 2025, enquanto o mercado financeiro estima um avanço de 2,19%. Em 2024, o crescimento foi de 3,4%, superior ao resultado de 3,2% em 2023.

O aumento da taxa de juros dificulta a concessão de crédito e eleva a inadimplência, o que impacta negativamente o consumo. Fontes do governo indicam que a redução na previsão do PIB busca pressionar o Banco Central a diminuir a taxa Selic, ideia que foi descartada por Gabriel Galípolo, presidente do BC.

Galípolo afirmou que a taxa de juros permanecerá em níveis elevados pelo tempo necessário para atingir a meta de inflação. "Nosso mandato é essa. Vamos manter a taxa suficiente pelo período necessário para alcançar a meta. Não haverá flexibilização", ressaltou.

Para 2025, a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) avaliará se mantém a Selic no nível atual. Entretanto, o mercado financeiro prevê estabilidade da taxa até o início de 2026.

O Boletim Macrofiscal também observou que, "com a taxa Selic em 15% ao ano, a expansão real das concessões de crédito diminuiu de 10,5% no trimestre encerrado em dezembro de 2024 para 2,4% no trimestre encerrado em julho".

Apesar dos desafios, o governo aponta fatores que podem ajudar a conter uma desaceleração mais forte, como o pagamento de precatórios a partir de julho e o aumento das concessões de crédito consignado ao setor privado recentemente.

Projeções para o PIB em 2025

  • Expectativa do Mercado (Relatório Focus): 2,19%
  • Ipea: 2,4%
  • Confederação Nacional da Indústria (CNI): 2,3%
  • Ministério da Fazenda (Boletim Macrofiscal): 2,3%
  • Banco Central: 2,1%

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