O índice de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu para 37%, o menor nível registrado em seu segundo mandato, conforme pesquisa da CNN/SSRS divulgada nesta segunda-feira (3/11). Paralelamente, a taxa de desaprovação atingiu 63%, superando em um ponto percentual o recorde anterior de rejeição que foi observado durante o primeiro mandato, especialmente após os protestos de 6 de janeiro de 2021.
O levantamento, realizado com 1.245 adultos entre os dias 27 e 30 de outubro, revela que 68% dos entrevistados acreditam que “as coisas estão indo muito ou muito mal” no país, enquanto 32% enxergam a situação como “muito ou razoavelmente boa”.
A pesquisa destaca que a economia e o aumento do custo de vida são as principais preocupações dos americanos, mencionadas por 47% dos participantes. Em seguida, aparecem temas como a situação da democracia (26%) e a imigração (10%).
Questões relacionadas à criminalidade e segurança foram citadas por apenas 7%, enquanto saúde e política externa somaram 5% e 1%, respectivamente.
Quanto à política econômica adotada pelo governo, 27% dos entrevistados acreditam que as medidas tomadas por Trump trouxeram melhorias ao país, ao passo que 61% consideram que essas políticas prejudicaram a economia. O estudo também indica uma crescente preocupação nas regiões rurais republicanas, onde as tarifas impostas pelo governo resultaram em demissões em fábricas e desaceleração em diversos setores produtivos.
Em relação à política externa, 32% acreditam que as decisões do presidente favoreceram a posição global dos Estados Unidos, enquanto 56% consideram que essas ações prejudicaram o país, e 12% acreditam que não houve impacto significativo.
Além disso, a pesquisa mostrou a percepção dos cidadãos sobre o exercício do poder presidencial por Trump. Cerca de 61% dos americanos veem que ele excedeu suas atribuições, 31% avaliam que seu uso do poder foi adequado e 9% acreditam que ele poderia ter ido ainda mais além.
Entre as medidas que geraram críticas estão ataques internacionais realizados sem autorização do Congresso, envio de tropas da Guarda Nacional mesmo contra a vontade de autoridades estaduais e decretos executivos que ampliaram a influência da Casa Branca sobre órgãos reguladores independentes.
Com as eleições de meio de mandato se aproximando, 41% dos entrevistados declararam que pretendem votar no Congresso para manifestar oposição a Trump, 21% planejam votar em apoio ao presidente e 38% afirmaram que seu voto não estará relacionado à avaliação do chefe do Executivo.
Este cenário ocorre em meio a uma paralisação de 32 dias no governo federal causada por um impasse no Congresso, uma das mais longas da história dos Estados Unidos. Essa interrupção tem prejudicado programas essenciais, como o SNAP (programa de assistência alimentar), que registra atrasos e aumento na demanda, assim como outras iniciativas federais que estão enfrentando falta de recursos.