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domingo, 21/09/2025

Queda do peso argentino aumenta com crise política

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O peso argentino caiu rapidamente nesta sexta-feira (19), o que fez o Banco Central vender reservas para tentar manter o valor da moeda dentro da faixa definida pelo governo de Javier Milei, em meio às eleições legislativas de outubro.

No Banco Nación, maior banco público da Argentina, o dólar abriu a 1.515 pesos, cerca de 5,50 reais, ultrapassando o limite máximo do valor permitido, mostrando muita instabilidade.

Na quinta-feira à noite (18), o ministro da Economia, Luis Caputo, avisou que o Banco Central continuaria vendendo reservas até o último dólar para segurar o peso na faixa certa. “Não vamos mudar o plano”, garantiu em um canal de streaming.

Esta foi a primeira intervenção do Banco Central em cinco meses, que na quarta-feira (17) vendeu 432 milhões de dólares para tentar segurar o valor do peso.

Assim como o Banco Central, o Tesouro Nacional também já tinha decidido intervir para sustentar a moeda, já que o acordo com o FMI, que trouxe um empréstimo de 20 bilhões de dólares, proíbe vender reservas fora da faixa estipulada.

O governo argentino vive seu pior momento político.

Em 7 de setembro, o governo perdeu as eleições na província de Buenos Aires, a mais populosa do país, onde a oposição peronista venceu. Em outubro, o país terá eleições legislativas nacionais.

O Congresso, onde o governo tem minoria, rejeitou um veto presidencial à lei que aumentava recursos para pessoas com deficiência, contrariando a política adotada por Milei. Novas decisões semelhantes podem acontecer na próxima semana.

O dólar sobe também enquanto a justiça investiga um caso de corrupção na Agência Nacional de Deficiência, que envolve a irmã do presidente, Karina Milei, sua principal assistente e secretária-geral da presidência.

O governo tenta evitar que a queda do peso gere alta na inflação, que está entre as conquistas do governo ultraliberal de Milei.

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