O primeiro-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) que agrediu a enteada de 21 anos recebe um salário bruto mensal de R$ 17.689,36. Após os descontos, Frankleno Sousa e Silva, 55 anos, recebe R$ 13.545,84, conforme dados do Portal da Transparência.
Apesar de estar na reserva remunerada, Frankleno possui um histórico policial, incluindo casos de violência doméstica. Em setembro de 2005, foi acusado de lesão corporal, com ocorrência registrada na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher I (Deam I).
Mais recentemente, em maio de 2024, foi registrado um boletim por dano na 23ª DP. No mesmo mês, foi denunciado novamente, desta vez por perseguição e descumprimento da Lei Maria da Penha, em caso tratado na Deam II.
O episódio de violência aconteceu na noite do sábado, 2 de agosto, dentro de um restaurante localizado no Incra 7, em Brazlândia (DF).
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a vítima relatou que trabalhava no restaurante quando seu padrasto, que consumia bebida alcoólica no local, exibiu uma arma de fogo para os clientes. Os clientes se sentiram ameaçados e deixaram o estabelecimento, o que levou a vítima a confrontar o militar.
No boletim policial, a jovem contou que o padrasto a xingou com palavras ofensivas e a agrediu com um soco na boca, deixando marcas pelo corpo.
Um testemunho confirmou a versão da vítima, dizendo ter ajudado a interromper a agressão e que Frankleno saiu do restaurante enquanto falava ao telefone. A Polícia Militar foi acionada e tentou abordar o homem, que fugiu para uma estrada de terra onde foi preso.
Na delegacia, o servidor aposentado negou as agressões, alegando que foi atacado primeiro e apenas segurou os cabelos da enteada para se defender. Ele também negou ter ameaçado os clientes, afirmando que eles teriam feito gestos indicando estarem armados.
O militar foi indiciado pelos crimes de injúria, lesão corporal e infração relacionada à Lei Maria da Penha.