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quarta-feira, 10/12/2025

Quadrilha que furtou 88 milhões de reais de empresa multinacional é alvo de ação policial

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Um grupo criminoso focado em fraudes financeiras e lavagem de dinheiro, responsável por um prejuízo de 88 milhões de reais a uma corporação multinacional, foi alvo de uma operação nesta quarta-feira (10/12) conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

As investigações indicam que os criminosos usaram cadastros falsificados de fornecedores de uma grande multinacional brasileira em uma plataforma de antecipação de pagamentos. A PCDF não revelou o nome da empresa prejudicada.

Este esquema permitiu que os fraudadores obtivessem antecipações financeiras milionárias junto a bancos parceiros, fazendo-se passar pelos fornecedores legítimos. O nome da corporação afetada não foi divulgado.

Laranjas

De acordo com as diligências, os suspeitos não se limitavam ao golpe inicial, mas implementavam um elaborado esquema de lavagem de dinheiro. Foram detectados sinais claros de ocultação financeira, como o uso de ‘laranjas’, e empresas que aparentavam ser regulares, porém não correspondiam operacionalmente aos grandes volumes financeiros movimentados.

Os investigados realizavam grandes depósitos em dinheiro vivo. Em um caso, um deles efetuou depósitos que ultrapassaram 1,5 milhão de reais em um único dia, distribuídos em diversas transações para contas de suas empresas.

Outras Fraudes

A operação executou 20 mandados de busca e apreensão em residências e locais comerciais no Distrito Federal, Pará, Maranhão e São Paulo, com diligências em oito bairros diferentes: Águas Claras, Ceilândia, Gama e Plano Piloto.

Durante a investigação, a polícia identificou pessoas com conhecimento técnico em sistemas e cibersegurança, incluindo um estelionatário do Distrito Federal conhecido por seu envolvimento em grandes fraudes anteriores, como o esquema da máfia dos concursos no Cebraspe em 2017.

Para dificultar as atividades do grupo e evitar que ele continue operando, a Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias dos suspeitos e das empresas relacionadas, totalizando 88 milhões de reais, além do confisco de imóveis e apreensão de veículos de luxo.

As investigações continuam sob coordenação da Polícia Civil de Santa Catarina, em cooperação com as polícias civis do Distrito Federal, São Paulo, Pará e Maranhão.

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