As Forças Armadas da Rússia intensificaram neste sábado (27/12) as ofensivas contra a Ucrânia, com ataques focados em fábricas de drones e alvos estratégicos do setor militar, conforme divulgado pelo Ministério da Defesa russo.
De acordo com o Kremlin, os avanços no leste da Ucrânia influenciam diretamente o cenário diplomático. “O controle sobre Pokrovsk e Mirnohrad cria condições para a total libertação da República Popular de Donetsk”, declarou Vladimir Putin a autoridades governamentais. As regiões que o líder russo considera prioritárias são: Crimeia, Zaporizhzhia, Donbass (Donetsk e Luhansk).
Além das ações terrestres, Moscou realizou um bombardeio em larga escala contra a infraestrutura energética e o complexo militar-industrial ucraniano, empregando mísseis hipersônicos Kinzhal, conhecidos pela dificuldade de interceptação.
Em declaração à mídia estatal, o presidente russo destacou que “a libertação de Mirnohrad e Hulyapole representa um avanço significativo” nas negociações sobre o conflito.
As operações incluíram a defesa aérea da Rússia, que informou ter abatido 78 drones ucranianos de asa fixa nas últimas 24 horas.
A escalada militar ocorreu às vésperas de uma reunião prevista para domingo (28/12) na Flórida entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente dos EUA, Donald Trump. Essa intensificação surge em meio aos esforços para retomar os diálogos diplomáticos.
Donald Trump indicou interesse em mediar as negociações entre Moscou e Kiev, buscando um acordo rápido para pôr fim à guerra. Do lado ucraniano, Volodymyr Zelensky condiciona qualquer acordo à preservação da integridade territorial do país, enquanto Putin procura fortalecer sua posição no campo de batalha para ampliar sua margem de negociação.

