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quinta-feira, 23/10/2025

Putin minimiza sanções dos EUA após pressão de Trump

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assegurou nesta quinta-feira (23/10) que deseja continuar o diálogo com os Estados Unidos, apesar do adiamento da reunião com Donald Trump, que estava prevista para acontecer em Budapeste, na Hungria, com o objetivo de discutir o fim do conflito na Ucrânia. Putin minimizou o efeito das novas sanções americanas, classificando-as como um “ato hostil”, porém sem capacidade de causar grandes impactos na economia russa.

As recentes restrições dos EUA envolvem o congelamento dos bens das companhias petrolíferas Rosneft e Lukoil em território americano, além da proibição de negócios entre essas empresas e firmas norte-americanas. Mesmo diante dessas medidas, Putin continua demonstrando otimismo: “As sanções são sérias, certamente, mas não vão afetar de modo relevante nosso estado econômico. O setor energético da Rússia mantém-se seguro.”

O líder russo frisou que “nenhuma nação digna age sob coação” e mencionou ter alertado Trump sobre as possíveis consequências mundiais dessas ações.

Durante uma entrevista coletiva, Putin adotou uma postura conciliatória, afirmando que “conversar é sempre uma opção melhor do que confrontar”, mas fez um novo aviso sobre os mísseis Tomahawk: “Caso o território russo seja atingido por essa arma, a resposta será intensa, senão totalmente devastadora.”

Europa reforça medidas

A União Europeia também anunciou um novo pacote de sanções contra Moscou, focado principalmente na frota oculta de petroleiros usada pela Rússia para superar restrições. O bloco europeu planeja, ainda, aprovar um financiamento para a Ucrânia pelos próximos dois anos, com recursos provenientes de ativos russos congelados.

De acordo com o primeiro-ministro belga, Bart De Wever, a proposta inclui utilizar aproximadamente 140 bilhões de euros (cerca de R$ 800 bilhões) para apoiar a economia e o esforço bélico ucraniano.

Pressão da Otan

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, durante visita à Casa Branca, declarou que a pressão conjunta entre os EUA e a Europa pode “mudar os cálculos de Putin” e levá-lo “à mesa de negociações”. Segundo Rutte, “talvez não imediatamente, mas alcançaremos esse resultado.”

Contudo, o cancelamento da cúpula entre Trump e Putin significou um revés para as iniciativas de diálogo. O republicano informou ter decidido suspender a reunião por entender que “parecia improvável que chegássemos a um acordo desejado.”

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