A reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Rússia, Vladimir Putin, começou na sexta-feira (15/8) em Anchorage, Alasca, e deve durar aproximadamente seis a sete horas, conforme informado pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. O encontro tem como objetivo tratar de um possível cessar-fogo na Ucrânia, além de discutir outros assuntos delicados nas relações bilaterais e projetos econômicos, tendo início por volta das 16h30, horário de Brasília.
Putin chegou à Base Aérea Elmendorf às 10h55 (15h55 pelo horário de Brasília) e foi recebido pelo Trump com um tapete vermelho. Os líderes se cumprimentaram, trocaram algumas palavras e seguiram juntos para a reunião, sem responder às perguntas dos jornalistas.
Oficialmente, a cúpula inclui conversas diretas entre Trump e Putin e uma coletiva de imprensa. Apesar da previsão de uma duração longa, não se espera a assinatura de acordos imediatos, embora Moscou não descarte a possibilidade de compromissos futuros.
A reunião ocorre sem a presença de representantes da Ucrânia, fato criticado pelo presidente Volodymyr Zelensky, que afirmou que não reconhecerá decisões tomadas sem a participação do seu governo.
Antes da reunião começar, um jornalista perguntou diretamente ao líder do Kremlin se ele “pararia de matar pessoas”, referindo-se aos ataques frequentes no território ucraniano. Putin pareceu surpreso, fez uma expressão de desaprovação e não respondeu claramente.
Contexto e simbolismo
Escolher o Alasca para este encontro tem um significado histórico importante, pois o território foi vendido pela Rússia aos Estados Unidos no século 19 e está perto da costa russa.
Para Putin, a realização desta cúpula representa uma vitória diplomática, enquanto Trump busca mostrar-se como um mediador global, destacando a relevância deste encontro para a paz na Ucrânia.
A extensa duração do encontro reflete a complexidade das negociações, que abrangem não só o cessar-fogo, mas também questões estratégicas globais, eventuais projetos econômicos e a situação dos territórios ucranianos sob ocupação.
Fontes indicam que Trump planeja oferecer incentivos econômicos para persuadir o Kremlin a aceitar acordos, mantendo a Ucrânia de fora das negociações diretas.