O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que assinar acordos com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem considera ilegítimo, seria “inútil”. Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (27/11), Putin expressou o desejo de firmar um tratado sobre questões territoriais para encerrar o conflito, mas afirmou que o governo atual da Ucrânia inviabiliza negociações visando um acordo de paz.
“Assinar documentos com a liderança da Ucrânia não tem sentido. Já manifestei essa opinião diversas vezes. A liderança ucraniana cometeu um erro estratégico ao recusar participar das eleições presidenciais. Os acordos de paz serão firmados, as hostilidades cessarão, e o estado de lei marcial imposto deve ser cancelado imediatamente. Com a suspensão da lei marcial, as eleições precisam ser convocadas urgentemente. Contudo, nas condições atuais, é difícil que a atual administração política da Ucrânia obtenha uma vitória sem fraude”, afirmou Putin.
Sobre o plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Putin mencionou que os pontos já foram discutidos na cúpula do Alasca. Segundo ele, algumas concessões avançaram durante as negociações, mas foram interrompidas depois que a Ucrânia rejeitou a proposta.
O acordo proposto prevê o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia, o Donbass e outras áreas atualmente controladas na Ucrânia. Por sua vez, Kiev receberia garantias de segurança e a criação de zonas desmilitarizadas nas regiões que a Ucrânia deixaria.
“Nosso objetivo final é firmar um acordo com a Ucrânia. Porém, neste momento, isso é inviável na prática e do ponto de vista legal. Aqueles que podem e desejam negociar com eles devem fazê-lo”, afirmou o presidente russo. Putin ainda destacou a necessidade de que essas decisões sejam reconhecidas internacionalmente pelos principais atores globais.
