O presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou os líderes europeus como “porquinhos” e minimizou as preocupações ocidentais sobre uma possível ofensiva russa contra a Europa, definindo-as como “histeria”. A declaração ocorreu em 17 de dezembro durante evento do Ministério da Defesa da Rússia.
“Os porquinhos europeus rapidamente se juntaram às iniciativas da antiga administração dos EUA, buscando se aproveitar da queda do nosso país, recuperar perdas históricas e se vingar”, afirmou. “Os objetivos da operação militar especial serão cumpridos”, complementou.
Putin ressaltou que Moscou prefere cooperação com os Estados Unidos e países europeus, mesmo diante das tensões atuais. “No Ocidente falam em se preparar para uma guerra grande, e o nível de histeria cresce. As alegações de ameaça russa são falsas”, declarou.
O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, reforçou o tom combativo, acusando a Europa de prolongar o conflito e dizendo que as tropas russas devem avançar ao menos até 2026. Segundo ele, é a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que está se preparando para a guerra. “O aumento do orçamento militar da Otan indica essa preparação para confronto com a Rússia”, afirmou.
Essas falas vêm após oito países da União Europeia que fazem fronteira com a Rússia divulgarem uma declaração conjunta, sinalizando a necessidade imediata de reforçar a segurança do flanco leste da União Europeia. Os países signatários — Suécia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Bulgária — argumentam que a situação de segurança no leste europeu mudou profundamente por causa da guerra.
“A Rússia representa a ameaça mais significativa, direta e duradoura à nossa segurança”, afirmam, defendendo o fortalecimento das capacidades militares e a preparação para eventuais crises dentro da União Europeia.

