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terça-feira, 26/11/2024
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Putin anuncia convocação de 300 mil reservistas e passagens para fora da Rússia esgotam

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Governo russo faz primeira mobilização em massa desde a Segunda Guerra Mundial; Kremlin prefere não responder se fronteiras poderão ser fechadas

Guerra na Ucrânia: Putin decide convocar 300 mil reservistas (Sergei Chuzavkov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)

As passagens para fora da Rússia começaram a esgotar nesta quarta, 21, depois que o presidente Vladimir Putin decidiu convocar 300 mil reservistas, que devem se apresentar prontamente. O anúncio foi feito por Putin durante pronunciamento em rede nacional nesta quarta. O governo russo frisou que o chamado é apenas para reservistas que já serviram nas forças armadas, mas a população passou a temer um chamamento em massa.

Os voos diretos de Moscou para a Turquia e a Armênia, países que não exigem visto para os russos, já estão esgotados. De acordo com a Turkish Airlines, não há mais passagens disponíveis para a Turquia até este domingo, 25. Os bilhetes mais baratos para outros destinos, como Dubai, acabaram. As passagens para os Emirados Árabes custam agora a partir de 5 mil dólares, enquanto os voos para a Turquia estão cotados a 1.150 dólares, quase o triplo do preço normal, segundo o Google Flights.

Há a preocupação de que as fronteiras sejam fechadas para impedir a saída de reservistas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que preferia não comentar o assunto durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta. “Não posso responder questões a esse respeito, mas há mecanismos legais para isso”, disse.

A mobilização de reservistas é vista como uma escalada da guerra na Ucrânia em um momento em que a Rússia tenta recuperar território diante de avanços das tropas ucranianas. Trata-se da primeira convocação em massa desde a Segunda Guerra Mundial.

Nos próximos dias, devem ser realizados referendos em regiões da Ucrânia controladas por tropas russas a respeito da anexação à Rússia. A votação deve acontecer em Donetsk e Luhansk, territórios separatistas, e em Kherson e Zaporizhzhia. As áreas correspondem a 15% do território ucraniano. Os países ocidentais condenaram o referendo.

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