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sexta-feira, 07/11/2025




Putin alerta que envio de mísseis Tomahawk à Ucrânia pode romper relações entre Rússia e EUA

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O presidente Vladimir Putin declarou neste domingo (5/10) que o fornecimento dos mísseis de cruzeiro Tomahawk à Ucrânia pelos Estados Unidos pode comprometer severamente os laços diplomáticos entre Moscou e Washington. A declaração foi feita em entrevista à empresa estatal russa de rádio e televisão VGTRK.

Segundo Putin, “isso prejudicará nossas relações, ou pelo menos a tendência positiva que estava se formando”. Ele destacou que o uso destes mísseis implicaria em uma participação direta dos militares norte-americanos no conflito, aumentando significativamente a tensão na região onde o conflito já dura mais de três anos.

Os mísseis Tomahawk têm um alcance de até 2.500 quilômetros, podendo atingir alvos não apenas na Ucrânia, mas também em Moscou e em toda a parte europeia da Rússia.

Na semana passada, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, indicou que o governo americano considerava fornecer esses mísseis a países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que posteriormente os repassariam à Ucrânia, embora a decisão final dependa do então presidente Donald Trump.

O relacionamento entre Rússia e Estados Unidos segue tenso, menos de dois meses após a cúpula entre Trump e Putin no Alasca. Trump tem expressado descontentamento com Putin por não conseguir pacificar o conflito, chegando a chamar a Rússia de um “tigre de papel”. Em resposta, Putin questionou se, na verdade, a Otan não seria o “tigre de papel”, incapaz de conter o avanço russo, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ironizou a declaração do presidente americano, qualificando a Rússia como um “urso”.

A possível entrega dos Tomahawks pode significar uma nova fase de escalada no conflito, que já inclui o uso de drones e operações militares profundas, ameaçando a frágil aproximação entre Moscou e Washington.

Durante o encontro do Clube de Discussão Valdai na última quinta-feira (2/10), Putin ressaltou seu compromisso com a sinceridade e a clareza em suas declarações, enfatizando que a reação às suas palavras cabe aos líderes ocidentais. Ele reforçou a postura firme da Rússia frente à crise e às propostas militares internacionais.




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