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domingo, 07/09/2025

Putin afirma que tropas ocidentais na Ucrânia serão alvo legítimo

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Durante um fórum econômico realizado em Vladivostok, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira (5/9) estar disposto a participar de uma cúpula com a Ucrânia na cidade de Moscou, garantindo a segurança dos representantes ucranianos presentes. O líder russo alertou que quaisquer tropas ocidentais enviadas para Kiev serão consideradas um “alvo legítimo” pelas forças militares da Rússia.

“Se tropas forem enviadas para lá, especialmente em meio às operações militares atuais, partimos do princípio que serão alvos legítimos de destruição”, afirmou o presidente. Ele acrescentou que, caso sejam tomadas decisões que levem a uma paz duradoura, a presença destas tropas no território ucraniano perderá sentido.

De acordo com Putin, ainda há muito trabalho a ser realizado antes de negociações efetivas entre Moscou e Kiev. Ele também ressaltou que a Rússia se dispõe a cooperar com os Estados Unidos na questão do Alasca, mas que depende de uma decisão política de Washington para reatar as relações econômicas entre as duas nações.

O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, declarou à agência oficial RIA que as garantias de segurança para a Ucrânia não podem ser garantidas por contingentes militares estrangeiros, especialmente oriundos da Europa ou América.

Reunião da Coalizão de Voluntários

Na quinta-feira (4/9), uma reunião em Paris resultou no compromisso de 26 países em oferecer apoio militar à Ucrânia em caso de cessar-fogo com a Rússia. Conforme o presidente francês, Emmanuel Macron, a ajuda inclui a criação de uma força internacional terrestre, marítima e aérea, a ser implementada após um cessar-fogo, armistício ou tratado de paz. O objetivo não é iniciar um conflito contra a Rússia, mas sim desencorajar novos ataques ao território ucraniano.

Países como Alemanha, Itália e Polônia foram citados como principais apoiadores da iniciativa. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que não enviará tropas para a Ucrânia. A Alemanha planeja contribuir com reforço da defesa antiaérea e fornecimento de equipamentos às forças terrestres do país.

Apoio dos Estados Unidos

Os Estados Unidos ainda não formalizaram sua contribuição, considerada fundamental pelos aliados. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou ter conversado por telefone com o presidente americano, Donald Trump, sobre novas sanções contra Moscou e proteção ao espaço aéreo ucraniano contra ataques russos.

Trump anunciou que pretende dialogar em breve com Putin, após conversas com Zelensky e outros líderes europeus. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que uma reunião pode ser rapidamente organizada se houver necessidade.

Putin e Trump já se encontraram em 15 de agosto no Alasca, nos Estados Unidos, durante uma cúpula que marcou um fim ao isolamento de Putin desde a invasão da Ucrânia, embora não tenha resultado em um cessar-fogo.

Suspensão de financiamento para a Rússia

Os Estados Unidos planejam cessar a assistência militar a países europeus próximos à Rússia, segundo a imprensa americana na quinta-feira (4). Esta medida visa pressionar a Europa a assumir maior responsabilidade pela sua defesa.

Segundo o jornal Washington Post, a decisão impactará centenas de milhões de dólares destinados a fortalecer defesas contra a Rússia. Diplomatas europeus foram informados sobre a suspensão dos financiamentos para programas de treinamento e equipamentos militares nos países do Leste Europeu próximos à fronteira com a Rússia.

Donald Trump tem expressado ceticismo em relação aos gastos dos EUA com a defesa europeia e a ajuda à Ucrânia, pressionando aliados próximos a desempenharem um papel maior nessas questões.

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