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quarta-feira, 16/07/2025

Publicitário pede que policiais façam exames toxicológicos após agressão

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Diego Torres Machado de Campos, videomaker e cinegrafista de 42 anos, foi vítima de uma abordagem violenta realizada por policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) na tarde de quarta-feira (9/7). Ele solicitou que os agentes policiais realizem exames toxicológicos para apurar a possível presença de substâncias psicoativas no organismo deles.

Diego classificou a ação como excessiva e desproporcional. O filho dele, Tito, de apenas cinco anos, está bem apesar do susto. O publicitário registrou um boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) e pediu que os policiais envolvidos passem pelos exames toxicológicos, pois aparentavam estar alterados.

Em entrevista, Diego relatou a sequência do acontecimento, que teve início em uma área movimentada da Asa Norte após um acidente de trânsito envolvendo a viatura policial. A criança ficou com hematomas nas pernas devido ao incidente. Um vídeo registrado por testemunhas capturou o momento em que um dos agentes agrediu Diego com socos enquanto ele estava rendido e sem oferecer resistência.

Tito assistiu a toda a situação e acabou abandonado dentro da viatura, chorando. Nas imagens, é possível ver o menino sentado no banco do motorista, momento em que a porta do veículo é fechada de forma brusca, prensando as pernas da criança. Segundo a jornalista Gabriella Furquim, mãe da criança, o apoio prometido pela polícia não foi fornecido.

A jornalista relatou ainda que o menino se recupera do trauma, mas continua assustado e não quer ficar sozinho. Ela ressaltou que a decisão de Diego de ir para um local mais movimentado após o acidente pode ter evitado consequências ainda mais graves, pois a abordagem foi filmada por várias pessoas.

Detalhes da abordagem

O episódio começou quando Diego dirigia com seu filho com destino ao Parque da Cidade e foi surpreendido por um carro preto que fez uma manobra brusca em sua frente, forçando-o a frear bruscamente para evitar uma colisão. Apesar de não reconhecer o veículo como uma viatura policial, ele acreditava estar em perigo e tentou se afastar. O outro carro iniciou uma perseguição agressiva e, só então, uma sirene foi ouvida, embora não houvesse identificação clara dos agentes.

Diego seguiu para uma área comercial buscando segurança, mas acabou abordado novamente pelos policiais. Ele foi algemado e derrubado ao chão, mesmo sem resistência, tendo seu rosto pressionado. Solicitou ajuda para seu filho que estava sozinho no carro, mas foi levado à delegacia.

O publicitário foi inicialmente conduzido à Delegacia da Criança e do Adolescente e, depois, para a 5ª Delegacia de Polícia, onde foi registrado por acidente de trânsito, dano e evasão do local. Ele realizou exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), apresentando hematomas no pescoço e escoriações no joelho. O veículo foi apreendido para perícia.

Diego declarou que não resistiu em momento algum e que a atitude dos agentes foi um abuso, causando medo e confusão enquanto ele tentava proteger seu filho e entender o que ocorria.

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