Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota na noite desta quarta-feira (19/11) após a confusão envolvendo o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR). O parlamentar do Paraná se envolveu em uma briga física na rua, em Curitiba.
Na nota, o partido expressou apoio ao deputado e qualificou o incidente como um ato de violência política e racismo.
“O deputado enfrenta constantemente o fascismo por defender suas ideias com bravura, apoiar projetos de igualdade no estado e lutar pelos programas que beneficiam a população trabalhadora. O ocorrido é inaceitável e criminoso. Manifestamos nossa solidariedade integral ao colega Renato Freitas. Não permitiremos que o racismo silencie vozes originadas da mobilização popular e que continuam a batalhar pela transformação do país. Racismo é crime. Violência política é crime”, afirma o comunicado.
Um vídeo que circulou muito rapidamente na quarta-feira mostra o deputado envolvido na briga com outro homem. Após provocações que evoluíram para chutes e socos, Renato Freitas caiu no chão com o nariz sangrando e precisou ser levado ao hospital.
Horas depois do episódio, o deputado explicou a situação dizendo que, ao atravessar a rua, um motorista teria avançado com o carro contra ele. “Eu apenas olhei, sem gesticular ou falar nada. O motorista abaixou o vidro e perguntou: ‘Olha o quê, cara?’, logo me xingando”, relatou. A partir daí, a luta física começou.
No vídeo divulgado por ele, o deputado ressaltou que não quer ser visto como vítima nem agressor, mas questionou o motivo do ataque: “Por que alguém sair do carro para enfrentar outra pessoa sem motivo?”.
Quem é Renato Freitas
Renato Freitas foi eleito em 2022 como deputado estadual pelo PT com mais de 50 mil votos. Ele é mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
É reconhecido no Paraná por sua atuação em políticas públicas focadas na igualdade racial e por seu espírito combativo em debates políticos. Em 2022, chegou a ser acusado de invadir uma igreja com manifestantes.
Já teve seu mandato de vereador em Curitiba cassado pela Câmara Municipal, retornando ao cargo após uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
