28.5 C
Brasília
quinta-feira, 06/11/2025




PT reconhece risco de rejeição da MP do IOF e governo se prepara para alternativas

Brasília
nuvens dispersas
28.5 ° C
30.6 °
28.5 °
46 %
2.6kmh
40 %
qui
30 °
sex
29 °
sáb
29 °
dom
24 °
seg
28 °

Em Brasília

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou nesta quarta-feira, 8, que ainda há um longo caminho até a votação final da medida provisória (MP) 1.303, que propõe uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A comissão mista do Congresso aprovou o texto na terça-feira, 7, e a Câmara e o Senado precisam analisar a proposta ainda hoje para que ela não perca a validade.

“Até o momento da votação, muitas coisas podem acontecer”, disse o deputado no Salão Verde da Câmara. Quando questionado sobre o apoio dos partidos, ele comentou: “O MDB está conosco, o líder do MDB, Isnaldo Bulhões, estava ajudando a contar os votos recentemente, assim como Antônio Brito, líder do PSD.”

Lindbergh reconheceu que existe uma chance real de a MP não ser aprovada, mas garantiu que o governo possui meios para compensar eventuais perdas caso a medida caducasse, por meio de decretos oficiais.

Ele ressaltou que parlamentares contrários ao texto, como os da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), podem acabar sendo prejudicados se essas medidas forem adotadas unilateralmente pelo governo.

“Essa turma do agronegócio, que acredita estar se livrando disso, pode estar, na verdade, provocando uma ação unilateral do governo que pode lhes causar mais prejuízo”, declarou Lindbergh. Ele também apontou que um dos desafios atuais é convencer deputados que inicialmente concordaram com o acordo, mas depois votaram contra, a mudarem de posição.

O líder do PT aproveitou para criticar os parlamentares que tentam derrubar a MP, acusando-os de irresponsabilidade fiscal ao tentarem abrir um espaço negativo no Orçamento de 2026.

Lindbergh mencionou ainda informações recebidas de outros líderes, sugerindo que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estaria atuando para dificultar a aprovação da medida, e criticou essa postura.

Em resposta, Tarcísio de Freitas negou ter pressionado deputados e afirmou: “Neste momento, estou totalmente focado nos desafios e nas demandas de São Paulo”.




Veja Também