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quarta-feira, 04/12/2024
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PT reage após remoção de vídeos em que Lula chama Bolsonaro de ‘genocida’

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Decisão do TSE atendeu a um pedido do Partido Liberal (PL), legenda do presidente da República, e alegou que o discurso configura discurso de ódio

Vídeos em que o ex-presidente Lula (PT) ataca o presidente Jair Bolsonaro (PL) devem ser retirados do ar

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, reagiu à decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de retirar do ar o discurso do ex-presidente Lula (PT) no qual o candidato chama o presidente Jair Bolsonaro (PL) de genocida. Pelas redes sociais, a deputada disse: “A violência praticada pelo YouTube atinge veículo reconhecido pela qualidade de seus profissionais e compromisso com a informação, num momento em q inimigos da democracia inundam redes com mentiras e discursos de ódio, com os quais as plataformas não têm reagido na medida necessária”. Sete vídeos devem ser removidos e foram publicados nos canais de Lula, do PT e de veículos de comunicação no YouTube. O material ainda não foi retirado do ar. A decisão do ministro atendeu a um pedido do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro, que é o principal adversário de Lula na corrida presidencial deste ano. Os advogados do PL alegam que as declarações do petista configuram discurso de ódio e feriram de maneira gravíssima a honra e a imagem do presidente da República.

O ministro do TSE afirmou que os argumentos são plausíveis. O discurso de Lula é do dia 20 de julho e ocorreu em Serra Talhada, interior de Pernambuco. Na ocasião o ex-presidente disse que “o genocida acabou com o Minha Casa Minha Vida e prometeu o Casa Verde e Amarela”, que os seus eleitores “vão ganhar a eleição” por Lula e que se for eleito vai voltar com o Minha Casa Minha vida mas “cada um pinta da cor que quiser”. Na decisão, Raul Araújo ressaltou que o discurso pode ser republicado caso o trecho questionado pelo PL seja cortado. O mesmo ministro também proibiu manifestações políticas no festival Lollapalooza depois que artistas subiram no palco com bandeiras em apoio a Lula. Na época, a atitude do magistrado foi classificada como censura pelo meio jurídico e, após a repercussão negativa, a decisão foi revogada.

 

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