O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), apresentou um pedido formal para a Polícia Federal do Rio de Janeiro ampliar a investigação sobre o Banco Master. Ele quer que a polícia verifique se houve uso incorreto de cerca de R$ 1 bilhão, que são recursos do fundo previdenciário dos servidores públicos do estado, para atividades ilegais.
Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, foi preso após uma operação que apura a emissão de títulos falsos pela instituição financeira.
A denúncia apresentada cita um relatório do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, que informou que esses investimentos foram feitos mesmo com o banco enfrentando dificuldades financeiras.
Lindbergh Farias solicitou que sejam ouvidos o governador Cláudio Castro (PL) e representantes do Rioprevidência e do Banco Master.
No documento, o deputado destaca: “O Banco Master recebeu, recentemente, investimentos superiores a R$ 1 bilhão do fundo Rioprevidência, que cuida das aposentadorias e pensões dos servidores do Rio de Janeiro”.
O Tribunal de Contas já havia alertado sobre o aumento rápido da exposição financeira do fundo ao Banco Master, que não teve análise de risco adequada e pode ter violado regras de investimento.
Segundo o pedido, essa decisão de investir uma grande quantia em um banco sob investigação pode causar prejuízos ao dinheiro público, colocando em risco os beneficiários do fundo previdenciário, além de configurar possível gestão irresponsável ou fraudulenta.
Lindbergh Farias reforça que a Polícia Federal deve investigar se houve negligência ou conluio entre gestores públicos e o banco, além de possíveis práticas de corrupção ou favorecimento ilegal.
O líder do PT alerta que manter a investigação apenas no grupo originalmente suspeito dificultaria a apuração completa dos crimes, especialmente em relação ao uso indevido dos recursos públicos do fundo previdenciário.
