Preocupado com o crescimento da direita, o Partido dos Trabalhadores (PT) pretende ampliar o apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Senado nas eleições de 2026. Líderes do partido encaram a disputa pelo Senado como prioridade máxima, só atrás da reeleição do presidente.
Recentemente, o próprio Lula ressaltou a importância de conquistar a maioria no Senado. “Precisamos eleger senadores comprometidos com a República em 2026. Se adversários conquistarem a maioria, poderão causar grandes conflitos no país”, afirmou durante um congresso do PSB.
Para aumentar o número de aliados, o partido está disposto a abrir mão de algumas candidaturas para apoiar nomes de outras legendas, como já ocorreu nas últimas eleições municipais.
A atenção está centrada nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, consideradas estratégicas para assegurar a governabilidade em um possível quarto mandato do presidente.
O PT também aposta em figuras do governo para as vagas no Senado, destacando o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), além dos ministros Márcio França (Empreendedorismo) e Simone Tebet (Planejamento). Porém, ainda há poucas definições sobre estas possíveis candidaturas.
Por outro lado, o movimento petista tem sido mais lento se comparado à estratégia já delineada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também trabalha para fortalecer sua bancada no Senado com nomes do seu grupo político, como o vereador Carlos Bolsonaro, do Rio de Janeiro, podendo concorrer em Santa Catarina.
Pesquisas recente mostram que a vantagem do presidente Lula sobre o ex-presidente Bolsonaro e outros possíveis candidatos tem diminuído. Levantamentos indicam empate técnico entre eles, com o petista enfrentando desafios para manter a preferência do eleitorado.
Aliados do presidente atribuem esse cenário às crises recentes, como problemas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e ao fato de que as ações do governo não chegam de forma clara à população.
Para mudar esta percepção, a equipe de Lula aposta em fortalecer sua imagem em entrevistas e nas redes sociais, além de avançar com propostas econômicas, como a isenção de Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil, atualmente em análise no Congresso Nacional.