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quarta-feira, 03/09/2025

PT e PL usam inglês e mandarim para envolver imprensa internacional

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Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula, e o Partido Liberal (PL) de Bolsonaro adotam estratégias similares para sensibilizar a imprensa internacional a respeito do julgamento que envolve uma suposta conspiração contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira (2/9), ambos os partidos começaram a distribuir conteúdo em inglês, espanhol, francês e mandarim destinado à imprensa estrangeira.

O PT divulgou uma cartilha de mais de dez páginas que detalha toda a sequência dos eventos relacionados à alegada trama golpista desde 8 de janeiro, contendo imagens de Bolsonaro e seus aliados, além de referências a diversas fontes noticiosas. Esse material foi traduzido em pelo menos quatro idiomas para alcançar um público mais amplo.

Já o PL optou por materiais multimídia, liderado pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que gravou um vídeo em inglês defendendo Bolsonaro. No vídeo, o parlamentar afirma que o ex-presidente é alvo de perseguição política tanto pelo STF quanto pelo governo de Lula.

Fontes próximas indicam que o foco principal dessa iniciativa é influenciar a cobertura da imprensa dos Estados Unidos sobre o julgamento, cuja fase final teve início nesta terça-feira. O tema recebeu destaque em veículos tradicionais norte-americanos como o The Washington Post.

Essa não é a primeira vez que o PT e o PL adotam estratégias concorrentes. Ambos os partidos também planejam manifestações para o feriado de 7 de setembro nas principais capitais brasileiras, reforçando campanhas como “Brasil Soberano” e “Anistia Já”.

O processo judicial contra Bolsonaro e seus associados prossegue nesta semana. Eles enfrentam acusações que incluem conspiração, organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, dano qualificado por violência e ameaça grave ao patrimônio público.

Bolsonaro está acompanhando o julgamento desde sua residência, acompanhado pelos quatro filhos, exceto pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que reside nos Estados Unidos. Fontes próximas ao ex-presidente informam que ele decidiu não comparecer pessoalmente ao Tribunal para acompanhar o processo, seguindo orientações médicas e jurídicas.

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