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quarta-feira, 27/11/2024
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PSOL pede que STF investigue páginas bolsonaristas deletadas pelo Facebook

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Em Brasília

Partido quer que as contas, usadas para enganar usuários do Facebook, sejam incluídas no inquérito das fake news

(Banco de Imagens/AP Images)

Parlamentares da bancada do PSOL na Câmara ingressaram com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Alexandre de Moraes inclua nas investigações do inquérito que apura a disseminação de fake news, os fatos apurados pelo Facebook para deletar 88 páginas bolsonaristas da plataforma nessa quarta-feira. O partido solicita ainda que os administradores associados a elas sejam responsabilizados.

As contas, páginas e grupos na rede social eram ligados a funcionários dos gabinetes do presidente da República, Jair Bolsonaro, parlamentares da base de apoio, e aos filhos: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O conteúdo publicado por essas contas era favorável ao presidente.

Na decisão de apagar as contas, a plataforma considerou que elas enganavam os usuários, já que os administradores usavam identidades falsas na rede e fingiam ser veículos de imprensa. Entre as publicações, havia conteúdos de ataque ao STF, além de ataques a adversários políticos de Bolsonaro e discurso de ódio. Por isso, os deputados querem que as informações apuradas pela rede social para determinar a exclusão das contas sejam parte da investigação na corte.

O grupo de deputados ainda solicitou ao ministro a busca e apreensão de provas e indícios que liguem as contas extintas ao objeto do inquérito, “diante da possibilidade de ocultamento e destruição de provas”.

No Supremo, a rede de blogueiros, empresários e deputados bolsonaristas, que seriam articulados por pelo vereador Carlos Bolsonaro, já foi alvo de buscas no âmbito do inquérito das fake news, que também apura ataques à corte. A investigação tramita sob sigilo e o relator é Alexandre de Moraes.

 

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