O grupo aliado de Bolsonaro está em confronto com parlamentares ligados ao presidente da sigla, Luciano Bivar, que foi alvo de operação da PF nesta terça
A cúpula do PSL cancelou uma reunião que faria agora no começo da tarde na liderança do partido na Câmara. Na pauta, estava a possível expulsão de deputados da ala associada ao presidente Jair Bolsonaro.
O grupo bolsonarista está em confronto com os parlamentares ligados ao presidente da sigla, Luciano Bivar, que teve endereços como alvo da Polícia Federal nesta manhã.
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), negou, no entanto, que vai haver qualquer expulsão do partido.
“O seu adversário você mantém pertinho de você. Não mantém longe. Faz parte da guerra. Se você trabalha comigo e quer ser mandada embora, ai você briga comigo, eu te deixo de castigo. Agora, não vou dar de presente o que você quer”, afirmou.
O deputado sinalizou que a fala de Bolsonaro na semana passada sobre o partido, dita a um popular na porta do Alvorada, foi um sinal de que a operação da PF contra o presidente do partido deputado federal Luciano Bivar (PE), poderia acontecer.
“Só o Saci Pererê e o Papai Noel que não sabiam dessa operação da PF”, disse. “Todo mundo sabia depois da fala do presidente na semana passada. Ele deu o recado”, afirmou.
Na terça-feira passada, 8, ao ser abordado diante do Palácio da Alvorada por um apoiador que disse ser pré-candidato a vereador da legenda no Recife, Bolsonaro pediu a ele para “esquecer” o PSL e afirmou que Bivar “está queimado para caramba”.
“Nada é sem razão, sem motivo. Ok? Não viu o que eu disse? Bivar estava esperando a PF com cafezinho”, afirmou Waldir.