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terça-feira, 19/08/2025

Protestos seguem em todo o país contra o presidente Vucic na Sérvia

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Na segunda-feira, dia 18 de agosto, ocorreram quatro manifestações diferentes em Belgrado, além de protestos em outras treze cidades na Sérvia. Os protestantes são pessoas comuns, cansadas da corrupção dos políticos no comando e do presidente do país, Aleksandar Vucic, que desconsidera as demandas, acusando-os de “terrorismo”, tentativa de assassinato ou tentativa de derrubá-lo a mando de uma potência estrangeira desconhecida.

Na noite anterior, equipes da tropa de choque agiram em Belgrado, detendo manifestantes e pedestres de forma aleatória. Em grande parte dos casos, essas pessoas foram liberadas algumas horas depois, e a noite transcorreu com relativa tranquilidade.

Na semana anterior, grupos de apoiadores do presidente, usando máscaras e armados com cassetetes e artefatos pirotécnicos, atacaram protestantes sob o olhar da polícia, que foi conivente. Este evento resultou em dezenas de feridos, principalmente em Novi Sad, a segunda maior cidade do país.

Os protestantes procuram evitar confrontos, mas houve situações em que impediram a polícia de efetuar prisões. As autoridades também informaram que alguns policiais ficaram feridos. Além disso, manifestantes mascarados vandalizaram quatro sedes do partido do presidente.

Exigência de eleições antecipadas

Entre novembro e 28 de junho, os protestos foram iniciados por estudantes que demandavam esclarecimento sobre um desabamento fatal na estação de Novi Sad e pediam que as instituições, especialmente o Judiciário, cumprissem seu papel. Com a ausência de resposta das autoridades, as demandas passaram a incluir eleições antecipadas, levando a confrontos policiais ao fim de junho.

Desde então, os manifestantes continuam pedindo eleições antecipadas, e o movimento atual é visto tanto nas manifestações quanto nos poucos meios independentes de comunicação como uma luta para encerrar a era de Vucic, que está no poder há treze anos.

A Sérvia é oficialmente candidata para entrar na União Europeia (UE). Com a repressão, as reações europeias, antes mais discretas, tornaram-se mais firmes, embora ainda moderadas. O embaixador da UE na Sérvia pediu que as partes evitem declarações provocativas e recomendou que a polícia respeite os direitos das pessoas, expressando preocupação pela violência contra jornalistas.

De modo menos diplomático, o chanceler austríaco, que visitou Belgrado na semana passada, teria alertado formalmente o presidente Vucic para não ceder à tentação de declarar estado de emergência ou mobilizar o exército nas ruas.

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