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segunda-feira, 20/10/2025

Protesto na 25 de Março associa tarifa de Trump a Bolsonaro

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Em Brasília

Um protesto organizado pelo Sindicato dos Comerciários na rua 25 de Março, centro de São Paulo, mostrou a insatisfação de trabalhadores com as críticas do governo dos EUA sobre a venda de produtos piratas nessa região. O objetivo do ato foi alertar sobre a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro na possível imposição de tarifas às exportações brasileiras para os Estados Unidos.

Apesar de pequeno, com cerca de cem participantes, o protesto parou o trânsito por cerca de uma hora, com militantes usando máscaras do presidente americano Donald Trump e de Bolsonaro.

Durante o ato, membros das centrais sindicais Força Sindical e UGT destacaram a importância dos Brics e criticaram o sistema financeiro atual.

A movimentação chamou a atenção dos lojistas da região, que reagiram de formas diferentes, desde apoio até dúvidas e críticas.

Alguns participantes deram suas opiniões, como Brenda Soares, 21, vendedora, que quis entender o que estava acontecendo. Já o repositor Wagner Pereira, 21, destacou que a taxação do Brasil é errada, mas criticou tanto Trump quanto o ex-presidente Lula.

Nem todos gostaram do protesto. A administradora de loja Débora Bruning, 39, afirmou que o ato é desnecessário, embora desaprove a interferência americana na rua 25 de Março.

A gerente Lorraine Regina, 39, que também estava no local, disse que apesar da dificuldade de competir com o barulho, apoia o protesto e nega que a rua tenha só produtos falsificados.

A analista de marketing Juliana Oliveira, 40, que perguntou se o Lula estava no carro de som, expressou sua insatisfação com o protesto ao gritar o nome de Bolsonaro.

João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, reconheceu a baixa participação, mas ressaltou a importância de reagir às críticas do governo dos EUA.

Principais Pontos da Reclamação dos EUA

  • Serviços de pagamento eletrônico: Acusa o Brasil de favorecer seus próprios serviços, como o Pix, prejudicando concorrentes americanos.
  • Responsabilidade das redes sociais: Alega que o Supremo Tribunal Federal do Brasil obriga as empresas a removerem conteúdo sem ordem judicial, o que pode causar prejuízo econômico.
  • Censura supostamente ordenada por tribunais e restrições à transferência de dados pessoais para fora do Brasil.
  • Tarifas comerciais: O Brasil teria reduzido tarifas para alguns países, mas aplicado tarifas mais altas para os EUA, prejudicando suas exportações.
  • Aplicação da Lei Anticorrupção enfraquecida, com acordos que poderiam favorecer interesses locais em detrimento de empresas americanas.
  • Proteção da propriedade intelectual: falhas em combater pirataria, falsificação e importação de produtos ilegais, além da demora na concessão de patentes.
  • Acesso ao etanol: o Brasil abandonou impostos baixos e recíprocos para essa mercadoria, impondo tarifas elevadas que dificultam o comércio.
  • Desmatamento ilegal e exploração madeireira: falta de fiscalização e corrupção permitem vantagens desleais para produtos brasileiros no mercado dos EUA.

Esses pontos são a base das críticas e do protesto que buscou chamar a atenção para o impacto das políticas brasileiras e americanas sobre o comércio bilateral.

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