Uma manifestação que resultou em tumulto na entrada principal da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, capital do Pará, envolveu um grupo de indígenas na última terça-feira (11/11) e ganhou destaque em vários meios de comunicação internacionais.
Os protestantes conseguiram romper as portas da chamada Blue Zone da COP30. O protesto foi rapidamente controlado por agentes de segurança da ONU. A presença dos indígenas chamou a atenção da imprensa estrangeira. A BBC News, do Reino Unido, relatou que seus repórteres viram “seguranças da ONU correndo atrás de uma linha de soldados brasileiros que alertavam os delegados para evacuarem o local imediatamente”.
Segundo relatos, a ONU informou que dois seguranças tiveram ferimentos leves durante o incidente. O jornal britânico The Independent noticiou que guardas ficaram feridos após a invasão dos manifestantes indígenas, que portavam bandeiras com mensagens em defesa dos direitos territoriais e cartazes com frases como “Nossa terra não está à venda”. O The Guardian, também do Reino Unido, cobriu o evento.
A emissora Al Jazeera, do Catar, informou que o protesto terminou quando os manifestantes, parte de uma marcha maior composta por centenas de pessoas, se dispersaram. A ABC News relatou que os indígenas chegaram gritando com intensidade e exigindo acesso ao complexo. O jornal francês Le Monde explicou que a segurança dentro da COP30 é responsabilidade da ONU, enquanto as autoridades locais cuidam da área externa.
Os indígenas participaram de um protesto organizado pela Marcha Global Saúde e Clima, envolvendo cerca de três mil participantes. Eles partiram da Avenida Duque de Caxias, no centro de Belém, até a sede da COP30, em um trajeto aproximado de 1,5 km. Segundo a organização, todas as negociações com os responsáveis pela COP30 haviam sido previamente acertadas.